Local onde jovem se afogou é considerado impróprio para banhos

A Polícia Civil de Caçapava do Sul instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do afogamento de Leonardo Arruda Torres, 19 anos, que desapareceu nas águas de prainha, em Minas do Camaquã, distrito de Caçapava do Sul. Na ocasião, ele estaria em uma excursão com um grupo de amigos de Rio Grande. Segundo a mãe do rapaz, Marcia Gentil Arruda, 39 anos, a excursão foi organizada por um professor, mas não tinha vínculo com nenhuma escola.

:: Jovem que integrava excursão desaparece em Minas do Camaquã

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Caçapava do Sul, é proibido tomar banho no local. Conforme a prefeitura, a área onde o jovem desapareceu é considerada um parque temático voltado a atividades esportivas e de propriedade particular, de responsabilidade da empresa Minas Outdoor Sports. De acordo com a assessoria do Executivo, o alvará de localização e funcionamento da empresa estão em dia.

O responsável pela empresa, Marcelo Spode, afirma que a excursão da qual Leonardo fazia parte não foi agendada pela Minas Outdoor Sports e que não tinha o conhecimento da visita do grupo ao local. Ainda de acordo com o empresário, a prainha onde ocorreu o afogamento está localizada à beira da estrada e é de fácil acesso, apesar de a propriedade ser cercada.

_ O responsável pela excursão não agendou conosco, não sabíamos desta atividade. Não conheço e nem sei quem é. Naquele local, é proibido tomar banho, mas, frequentemente, vemos pessoas que fazem isso. Ele é cercado e tem placas indicando que a entrada é permitida somente com autorização, mas ninguém respeita. Todas as atividades organizadas conosco contam com a supervisão de um guia turístico_ disse Spode.

O parque está localizado em uma antiga propriedade da empresa mineradora que existia na região e oferece diversas atividades esportivas e turísticas ao ar livre, como trilhas, acampamentos, passeios de bicicleta, caiaque, tirolesa, arvorismo, escalada, rapel e exploração das antigas galerias de mineração.

O Diário tentou entrar em contato com o professor por meio do colégio onde ele dá aulas, mas não conseguiu localizá-lo.