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Lar das Vovozinhas registra surto de Covid-19

Maurício Araujo

O Lar das Vovozinhas, em Santa Maria, registrou novamente um surto de Covid-19. Na semana passada, duas idosas morreram com resultado positivo para o coronavírus. As mortes ocorreram nos dias 28 de janeiro e 1º de fevereiro, ambas tinham 85 anos. Uma terceira senhora também faleceu, e a instituição aguarda os resultados para verificar se foi em decorrência da Covid-19. Nenhuma das três havia recebido vacina contra o coronavírus, pois já apresentavam sintomas quando a imunização no Lar das Vovozinhas começou. Em setembro de 2020 e em janeiro de 2021, a Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) já havia enfrentado surtos da doença.

Conforme a direção do Lar das Vovozinhas, 10 senhoras tiveram resultados positivos. Duas estão internadas no Hospital Regional de Santa Maria e oito estão em isolamento no próprio lar. Ainda, 32 idosas - sendo 30 da Ala 3 - foram testadas e aguardam os resultados dos exames. Todas estão isoladas. Também de acordo com a instituição, quatro funcionários positivaram para a Covid-19 e outros três esperam os resultados. Todos estão afastados do serviço.

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_ Tomamos todas as medidas necessárias para conter o surto. As oito confirmadas estão em isolamento e sendo assistidas por um médico, que já sinalizou que elas estão saturando bem. Ficamos no aguardo dos demais resultados _ explicou a vice-presidente do Lar das Vovozinhas, Liliane Duarte.

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A prefeitura de Santa Maria afirma que acompanha os casos, orienta os representantes das instituições e realiza testagens, iniciativas que, conforme o executivo, são feitas desde o começo da pandemia.

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VACINAÇÃO NO LAR DAS VOVOZINHAS

No dia 21 de janeiro, as idosas começaram a ser vacinadas na instituição. Conforme a médica infectologista Jane Costa, o corpo começa a criar imunidade efetiva após 15 dias depois da aplicação da segunda dose. Em relação à evolução da doença nas duas senhoras que haviam recebido a primeira dose e que estão internadas no Hospital Regional com diagnóstico positivo, a médica explica:

_ Certamente elas não estavam totalmente imunes ainda, e devem ter se contaminado concomitantemente com o período da vacinação da primeira dose. É importante ressaltar que a imunidade não acontece imediatamente.

O professor de Biomedicina e coordenador do Laboratório de Diagnóstico Molecular da Universidade Franciscana (UFN), Huander Felipe Andreolla, também reforça este entendimento:

_ A imunidade precisa de um tempo para começar a ser produzida, e, mesmo assim, existirão casos em que a pessoa não vai elaborar imunidade suficiente para não desencadear nenhum sintoma, mas as vacinas são preventivas contra formas mais graves da doença. A vacina é necessária e segura, mas para se ter imunidade efetiva e duradoura, precisamos ter as duas doses aplicadas.

O professor ainda ressalta que a vacina não deve ser entendida como passaporte de imunidade para não se aplicar as medidas de prevenção, como: uso de máscara, aplicação de álcool em gel e evitar aglomerações.




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