Na Justiça Militar Federal

Jovem que matou militar dentro do Mallet será interrogado nesta segunda

Lizie Antonello

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O soldado Raziel dos Santos, 18 anos, suspeito de matar o colega de quartel Roger Lazaretti Rodrigues, será interrogado nesta segunda-feira. A audiência está marcada para às 14h15min, na 3ª Auditoria Militar Federal em Santa Maria. O crime ocorreu no dia 6 de novembro deste ano dentro do Regimento Mallet.

A sessão será presidida pelo juiz auditor Celso Celidonio, que conduz o processo desde o dia do crime. No total, são três audiências no processo: a primeira, nesta segunda, é de interrogatório: a segunda, é na qual serão ouvidas cinco testemunhas de acusação; e a terceira, quando falarão as testemunhas indicadas pela defesa. A quarta fase é de alegações escritas; e a quinta, o julgamento, que é feito pelo Conselho de Justiça, composto por um juiz concursado e quatro juízes militares.

Santos é acusado pelo Ministério Público Militar de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) com três qualificadoras: por motivo fútil, por dificultar a defesa da vítima e por estar em serviço e utilizar-se disso no momento do crime.

Os jovens cumpriam serviço militar obrigatório no Regimento Mallet, em Santa Maria, desde março deste ano. Eles faziam trabalho de sentinelas, guardas no quartel. Conforme a denúncia, no dia 6 de novembro, Santos teria entrado de serviço, por volta das 10h30min, pego o armamento no Corpo da Guarda _ os militares usam armas e munição real para a atividade _ e ido até o alojamento onde Rodrigues se preparava para ir embora.

Ainda segundo a denúncia, Santos teria se aproximado e pedido um cigarro a Rodrigues, que teria negado. Santos teria insistido e, diante de nova negativa do colega, Santos teria destravado o fuzil e atirado contra a cabeça de Rodrigues. A denúncia do MP Militar teve como base procedimento realizado pelo Exército, que ouviu três testemunhas que presenciaram o fato, além do próprio autor do disparo.

A defesa de Santos se baseou nos mesmos depoimentos e alega que o disparo foi um acidente. Santos é defendido por advogado da Defensoria Pública da União, que pediu a liberdade provisória à Justiça Militar Federal em Santa Maria. A solicitação será analisada nesta segunda, durante a sessão. O defensor público federal José Luiz Kaltbach Lemos também encaminhou pedido de habeas corpus ao Superior Tribunal Militar para que Santos responda ao processo em liberdade.

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