Ginásios municipais somam problemas e aguardam soluções

Gilson Alves

Ginásios municipais somam problemas e aguardam soluções

Leandro

Os três ginásios municipais de Santa Maria registram problemas para funcionar na integralidade. O Diário visitou os três locais para verificar a realidade e o que funciona em cada um. O maior deles, o Centro Desportivo Municipal (CDM), localizado no Bairro Nossa Senhora de Fátima, apresenta boas condições de uso e necessita de reparos no teto da quadra principal. O Ginásio Oreco, no Bairro Tancredo Neves, precisa de reforma na cobertura e no piso da quadra, e há previsão de solução até o final deste ano.

Já o Guarani-Atlântico, no Bairro Salgado Filho, apresenta as piores condições. Apesar de os moradores terem feito mutirões e, parcialmente, limpado o local e oferecido cuidados ao espaço, o acesso ao ginásio está liberado – nem todas as portas e portões são trancados. Quem entra no lugar não identifica a mínima possibilidade de práticas esportivas. Além disso, não há uma previsão de reformas, visto que a empresa que ganhou a licitação para executar a obra é a mesma que não deu início à construção de duas creches em Santa Maria e não concluiu as melhorias no Parque Itaimbé.

O CDM

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

O Centro Desportivo Municipal (CDM), há pelo menos um ano, é a única praça esportiva pública de Santa Maria para realização de eventos. O ginásio principal está apto a receber jogos de futsal, handebol, vôlei, basquete e outras modalidades. Também há uma academia com aparelhos novos para a população, mediante inscrição prévia.

O problema do Ginásio A está nas goteiras, que, em dias de chuva ou umidade, atrapalham qualquer atividade. O caso mais recente ocorreu no último domingo, quando uma partida do 1º Festival LGBTQIA+ precisou ser interrompida devido à chuva.

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– Já iniciamos um teste para manutenção, com um caminhão cesto que alcança o telhado. Não é a mesma coisa que tapar as goteiras de uma casa. Primeiro, temos que identificar o exato local de cada goteira. Mas, qualquer tipo de manutenção passa por um processo licitatório. E como o problema é recorrente, a cada nova ocorrência, haverá uma nova licitação e isso leva tempo – afirma Gilvan Ribeiro, secretário municipal de Esporte e Lazer.

O Ginásio D do CDM, que fica mais próximo da calçada da Rua Appel, está aberto para receber treinamentos de diversas modalidades. Já os ginásios C e o D estão fechados para as práticas esportivas no momento. Mas, segundo Ribeiro, há recursos previstos para que o Ginásio C tenha uma pista de skate indoor, e que o B tenha o piso trocado e passe a funcionar de forma semelhante à do ginásio para treinamentos.

REGIÃO OESTE

Foto: Nathália Schneider (Diário)

O Ginásio Oreco, no Bairro Tancredo Neves, recebe atividades de escolinhas de futsal do município para crianças e adolescentes dos 6 aos 14 anos, e treinamentos e escolinhas de judô. No entanto, há problemas no teto do local e o piso da quadra precisa ser trocado, pois apresenta defeitos. Segundo o coordenador do espaço, Delenir Rosa de Quevedo, o Delarosa, há uma previsão de solução do problema.

– Há uma emenda impositiva do deputado federal Carlos Gomes (Republicanos) para reformar o piso. Só que se não consertar a cobertura, não adianta. Acredito que tudo possa estar resolvido neste ano. Essa é a expectativa: de um ginásio todo reformado ainda em 2022 – comenta Delarosa.

De acordo com Gilvan Ribeiro, a secretaria acompanha os problemas e espera resolver essas questões o quanto antes.

– Precisamos reformar o telhado do Oreco para poder ampliar as atividades. O piso já foi para licitação. Entretanto, há a questão do telhado e estamos correndo contra o tempo. Já temos a iluminação de led garantida, a mesma que está no CDM. Trabalhamos com o prazo de deixar tudo 100% até o final do ano – diz o secretário.

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Guarani-Atlântico vive a pior das realidades

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Se, mesmo com vários problemas, o CDM e o Oreco estão à disposição da comunidade, sobre o Ginásio do Guarani-Atlântico, na zona norte de Santa Maria, não se pode dizer o mesmo. Desde que o local foi afetado por um temporal, em outubro de 2015, a quadra não está sendo utilizada. De lá para cá, o espaço chegou a ser tomado por vândalos e serviu até de abrigo para moradores de rua, que invadiram o prédio.

Há cerca de três meses, pelo menos a questão de segurança melhorou um pouco, por ação da comunidade que mora no entorno. Entre os moradores que auxiliaram com a limpeza e com a retirada de quem fazia do ginásio sua moradia, está o microempresário Elias Silva.

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– Realizamos a manutenção de alguns pontos no ginásio e ao redor, como no campo e na praça. Havia pessoas dormindo no ginásio, ocorriam coisas ilícitas. Limpamos a quadra e os banheiros, dando início ao processo de melhoria – explica Elias Silva.

Em novembro de 2019, um repasse de R$ 500 mil oriundo da Câmara de Vereadores chegou a ser anunciado para a reforma do Guarani-Atlântico. Porém, de acordo com o secretário Gilvan Ribeiro, o recurso ainda não chegou a ser utilizado. O valor será aportado quando for realizada uma nova licitação. A empresa que venceu o processo anterior é a mesma que interrompeu outras obras no município. Ainda não há previsão para a reforma do local.

Gilson Alves, gilson.alves@diariosm.com.br

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