FOTOS: do transporte da carga ao braço dos imunizados: qual o caminho da vacina

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FOTOS: do transporte da carga ao braço dos imunizados: qual o caminho da vacina

Foto: Pedro Piegas (Diário)Primeiro ponto de parada das vacinas em Santa Maria é a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde 

Até chegar ao braço de cada pessoa imunizada contra a Covid-19, as doses de vacina passam por profissionais de diferentes áreas que são responsáveis por planejar e executar uma operação que preza pela agilidade, já que a vacinação é a principal arma para se vencer a pandemia (veja parte do trajeto na galeria abaixo).

Durante os deslocamentos, é necessário que as doses estejam sempre bem refrigeradas para que nenhuma seja perdida. As doses da vacina, seja da CoronaVac ou Oxford/AstraZeneca – os dois imunizantes usados para vacinação em Santa Maria – chegam primeiro à Secretaria Estadual da Saúde, em Porto Alegre.

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Após a contabilização, as doses ficam disponíveis para cada região. A 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), com sede na Rua Riachuelo, em Santa Maria, recebe as remessas ou por helicóptero ou um carro da 4ª CRS vai até a Capital buscar as doses.

Na coordenadoria, as vacinas são armazenadas até a retirada de cada uma das 32 prefeituras que integram a regional. A entrega é feita por agendamento. Essa logística, até aqui, é a mesma para todas as outras vacinas, não só da Covid-19.

Foto: Pedro Piegas (Diário)As unidades destinadas a Santa Maria são levadas ao Setor de Imunização da Vigilância em Saúde, na Rua Tuiuti

A prefeitura de Santa Maria, então, envia um motorista para retirar as doses na 4ª CRS. De lá, as remessas vão para o Setor de Imunização da Vigilância em Saúde, na Rua Tuiuti. Os profissionais que trabalham no local fazem uma nova conferência, para ver se o número de doses que chegou condiz com a previsão da SES, e armazenam os frascos.

– As doses ficam aqui até serem levadas aos pontos de vacinação. Os locais, como unidades de saúde, que possuem salas de vacinação com ambiente refrigerado, já recebem as doses um dia antes das ações de imunização. Já outros locais, como os pontos drive-thru e salões de clubes e escolas, só recebem as vacinas no dia da ação, em caixas térmicas com controlador de temperaturas – explica enfermeira responsável pelo Setor de Imunizações da prefeitura, Cecília Mariane Pinheiro Pedro.

TRANSPORTEEntre os profissionais mais necessários nesta logística estão os motoristas. Eles não aparecem muito, mas carregam as remessas de um lugar a outro com agilidade e cuidado.

– A gente se cuida muito no trânsito. Apesar de ser um trajeto curto, a atenção é sempre redobrada, porque o ideal é que tudo seja rápido, por causa da refrigeração, mas também é preciso muita atenção com os frascos, que são bem frágeis – relata o motorista Rogério Pereira.

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O motorista Claudiomiro Madruga, da Secretaria de Saúde de São Sepé, realiza o percurso até Santa Maria quase todos os dias há mais de 20 anos. Na sexta-feira, veio buscar doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.

– Sempre tem alguma vacina, alguma encomenda para buscar. Mas as vacinas da Covid-19 são sempre as mais aguardadas. É uma responsabilidade grande, tem muita gente esperando por elas – conta.

Assim que é marcada a data da aplicação, quem trabalha na logística das vacinas já sabe o que dia vai começar cedo. Por volta das 6h, um dos responsáveis pelo Setor de Imunização chega ao local para organizar o material.

Os imunizantes são retirados da câmara fria e acondicionados nas caixas térmicas. O carregamento dura em média meia hora. Antes de amanhecer o dia, os carros partem para o destino final.

Foto: Fabiano Marques (Diário)Nos pontos de drive-thru, as doses são recebidas momentos antes de começar a vacinação, pois os locais não possuem local de armazenagem

LOGÍSTICAAs “abençoadas”, como foram carinhosamente chamadas pelos motoristas, percorrem as principais ruas e bairros da cidade. No drive-thru do Shopping Praça Nova, uma comitiva de voluntários esperava pelas doses no último sábado. Em seguida, começou a ser montada a estrutura. Ainda conforme a enfermeira Cecília, a dinâmica nos locais que já têm sala de vacina é outra.

– A operacionalização é a mesma, mas a logística é mais rápida nos locais que têm salas de vacina – ressalta a profissional.

Quando já tem 100 doses aspiradas com controle rigorosos de temperatura, é dada a largada para que o grupo recebe a “agulhada”. Uma hora antes do término da ação, o cuidado é ainda mais rigoroso com as doses aspiradas, para que não sobrem. Assim, o ritmo vai diminuindo.

Quem recebe a imunização, muitas vezes, nem imagina a logística. Mas a aposentada Sirlei Pasche Vicente, 60 anos, sabe da importância de estar protegida.

– Eu estava muito ansiosa esperando por esse momento. Pelo que sei, é um caminho bem longo até a dose chegar no braço das pessoas – comentou Sirlei.

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