tradicionalismo

FOTOS: Chama Crioula chega a Santa Maria

Thays Ceretta


Foto: Renan Mattos (Diário)

Depois de percorrer 420 quilômetros, a Chama Crioula chegou hoje em Santa Maria, dia em que o Rio Grande do Sul se despediu do maior tradicionalista do Estado, Paixão Côrtes. O símbolo foi trazido por um grupo de cavaleiros que saiu no dia 10 agosto da cidade de Iraí, no norte do Estado, e se dividiu por várias regiões. A Chama Crioula marca o início da programação da Semana Farroupilha e vai permanecer até o dia 8 de setembro na sede da 13ª Região Tradicionalista, no Parque Itaimbé. Na mesma data, será levada ao Parque Basílica da Medianeira para ser distribuída para as 47 entidades tradicionalistas de Santa Maria.

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- Para nós, é uma grande satisfação, é um grande prazer, porque o Movimento Tradicionalista Gaúcho começou da centelha da chama que foi retirada há 71 anos. Ninguém tinha imaginação que ia tomar a grandiosidade que chegou. Além de ser um símbolo, é algo que nos protege. A gente fica muito feliz por esse pessoal que enfrentou todos esses dias na cavalgada. Eles têm amor, paixão e respeito pela cultura. Eles são um exemplo a ser seguido no futuro - disse o coordenador da 13ª Região Tradicionalista, Luiz Sérgio Fassbinder. 

O grupo chegou no Departamento Tradicionalista (DT) Querência da Medianeira por volta das 12h40min de hoje. Peões e prendas aguardavam os tradicionalistas que saíram de São Martinho da Serra por volta das 7h, trazendo a Chama Crioula no lombo do cavalo por mais 30 quilômetros. O que pouca gente sabe é que os cavaleiros que conduzem o símbolo se organizam meses antes da cavalgada, com um planejamento detalhado do percurso.

Os coordenadores de cada grupo (das 30 comitivas que representam as regiões) percorrem o roteiro de carro e acertam os locais de acampamento, geralmente em fazendas e centros de tradições gaúchas, para delimitar o trajeto e pedir pouso. Eles enfrentam frio, chuva, sol forte e a saudade da família para honrar o compromisso que faz parte dos festejos farroupilhas. Hoje, a emoção tomou conta de muitos dos presentes assim que a Chama Crioula chegou. Entre eles, estava Mauro Régis Becker, que, há 10 anos, faz o percurso com a cavalgada. Para ele, a amizade, o companheirismo e o amor pelo tradicionalismo são impagáveis.

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- É muito dificultoso, pegamos ventania, geada, pedra, sol quente. Tudo isso não tem dinheiro que pague. Outra coisa é a receptividade das comunidades por onde a gente passa, as pessoas nos recebem de uma maneira incalculável. A hospitalidade que é nossa, do gaúcho, vivenciamos na prática. Nós ficamos sem saber como agradecer essas pessoas, tudo isso em nome do tradicionalismo - relatou Mauro.   

Durante a cerimônia, foi feito um minuto de silêncio para homenagear Paixão Côrtes e também a dois colegas que faleceram e que, neste ano, não participaram da cavalgada. Após a solenidade, um grupo seguiu a galope levando a centelha para as cidades de São Sepé e Formigueiro.

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