Leia também
“Acredito que não tenha sido uma decisão do Comitê. É do município”, diz presidente da AM Centro sobre desobrigação do uso de máscaras nos serviços de Saúde em TupanciretãTupanciretã flexibiliza uso de máscaras em estabelecimentos de SaúdeEstado confirma transmissão comunitária da varíola do macaco
Entre os locais de maior incidência, está Porto Alegre com 25 casos confirmados. Em seguida, estão os municípios de Canoas (6), Viamão (4) e Caxias do Sul (4). Para toda a região sul do país, o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen RS), do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), é referência na testagem do vírus. O espaço tem capacidade para até 500 testes por dia.
Santa Maria
Apesar de municípios da Região Central do Estado ainda não registrarem nenhum caso positivo da doença, recentemente, médicos, enfermeiros e técnicos da Secretaria de Saúde de Santa Maria passararam por uma capacitação sobre o vírus. O médico infectologista e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alexandre Vargas Schwarzbold, foi um dos participantes do encontro, que ocorreu na noite de segunda-feira via Google Meet. Além da dados, ele apresentou um breve histórico referente ao vírus, respondendo posteriormente perguntas feitas pelos servidores.
– A epidemia Monkeypox não se assemelha a uma doença respiratória como é a Covid-19. Essa doença surgiu na década de 50, quando macacos estavam em cativeiro na África Central e na Bacia do Congo. Atualmente se sabe que há cerca de mais 30 mil casos confirmados no mundo. Depois dos países europeus, o Brasil é um dos mais acometidos com casos positivos de varíola. O primeiro surto na América foi conhecido em 2003 após serem constatadas importações de roedores da África, que são grandes vetores da transmissão do vírus. O Monkeypox causa sintomas respiratórios, lesões cutâneas e febre, por exemplo. Inicia com a formação de bolhas pelo corpo e evolui para lesões maiores. Entre as causas de velocidade da disseminação do novo vírus estão mutações, transmissão através de relação sexual sem o uso de preservativos, por exemplo. A doença é transmitida geralmente na fase aguda pelo contato através de abraço, beijo e também pela secreção. Após a pessoa ser infectada, a lesão se dissemina para o corpo de maneira gradual. Por isso, é necessário trabalhar a orientação e cuidado, principalmente para a população atingida – explicou Schwarzbold.
Enquanto médico epidemiologista da Prefeitura, Marcos Lobato, alerta que os profissionais da saúde devem estar atentos ao rastreio e monitoramento também das pessoas que estiveram em contato com os pacientes positivados. Por ser transmitido de pessoa para pessoa, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que estas pessoas também realizem a quarentena, que é de até 21 dias – período de transmissão da doença.
Arianne Lima – arianne.lima@diariosm.com.br
*Com informações da prefeitura de Santa Maria e SES
Leia todas as notícias