Estado registra 65 casos confirmados de varíola do macaco

Arianne Lima

Estado registra 65 casos confirmados de varíola do macaco
O número de casos confirmados de Monkeypox, também conhecida como varíola do macaco, no Estado chegou 65 nesta semana. Segundo o informe da Secretaria Estadual de Saúde (SES) publicado na tarde de terça-feira (23), 65 casos positivos para a doença são monitorados em 21 municípios, e 278 seguem em investigação.

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Entre os locais de maior incidência, está Porto Alegre com 25 casos confirmados. Em seguida, estão os municípios de Canoas (6), Viamão (4) e Caxias do Sul (4). Para toda a região sul do país, o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen RS), do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), é referência na testagem do vírus. O espaço tem capacidade para até 500 testes por dia. 

Santa Maria

Apesar de municípios da Região Central do Estado ainda não registrarem nenhum caso positivo da doença, recentemente, médicos, enfermeiros e técnicos da Secretaria de Saúde de Santa Maria passararam por uma capacitação sobre o vírus. O médico infectologista e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alexandre Vargas Schwarzbold, foi um dos participantes do encontro, que ocorreu na noite de segunda-feira via Google Meet. Além da dados, ele apresentou um breve histórico referente ao vírus, respondendo posteriormente perguntas feitas pelos servidores.

– A epidemia Monkeypox não se assemelha a uma doença respiratória como é a Covid-19. Essa doença surgiu na década de 50, quando macacos estavam em cativeiro na África Central e na Bacia do Congo. Atualmente se sabe que há cerca de mais 30 mil casos confirmados no mundo. Depois dos países europeus, o Brasil é um dos mais acometidos com casos positivos de varíola. O primeiro surto na América foi conhecido em 2003 após serem constatadas importações de roedores da África, que são grandes vetores da transmissão do vírus. O Monkeypox causa sintomas respiratórios, lesões cutâneas e febre, por exemplo. Inicia com a formação de bolhas pelo corpo e evolui para lesões maiores. Entre as causas de velocidade da disseminação do novo vírus estão mutações, transmissão através de relação sexual sem o uso de preservativos, por exemplo. A doença é transmitida geralmente na fase aguda pelo contato através de abraço, beijo e também pela secreção. Após a pessoa ser infectada, a lesão se dissemina para o corpo de maneira gradual. Por isso, é necessário trabalhar a orientação e cuidado, principalmente para a população atingida – explicou Schwarzbold.

Enquanto médico epidemiologista da Prefeitura, Marcos Lobato, alerta que os profissionais da saúde devem estar atentos ao rastreio e monitoramento também das pessoas que estiveram em contato com os pacientes positivados. Por ser transmitido de pessoa para pessoa, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que estas pessoas também realizem a quarentena, que é de até 21 dias – período de transmissão da doença.

Arianne Lima – arianne.lima@diariosm.com.br

*Com informações da prefeitura de Santa Maria e SES

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