Inclusão 

Escola de Santa Maria dá lição de inclusão e superação 

Cassiano Cavalheiro

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Assim como a Marvel tem o Demolidor, um super-herói deficiente visual, a escola Professora Rejane Garcia Gervini tem um pequeno herói de óculos, que usa um protetor ocular em um dos olhos e tem apenas 4 anos. Quéverton Machado, o ¿piratinha¿, tem o superpoder de levar o sorriso por onde passa e encantar as pessoas com o seu carisma. Sua turma de aula, o Pré A e B, o recepcionou de forma inusitada, em uma ocasião especial. 

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Para que o pequeno não se sentisse mal no primeiro dia em que foi à escola usando um protetor ocular, os pais de Quéverton, Querlei e Éverton, a professora Margareth Fontoura e a educadora especial Larissa Flores, criaram o ¿Dia do Piratinha¿.  O resultado: todas as crianças da turma usaram um tapa-olho para receber o coleguinha, que adorou a ideia.
Para Larissa, quando estudantes, professores e funcionários se dispõem a viver e a sentir esse tipo de experiência, todos saem ganhando e encaram o diferente com mais naturalidade:

_ Usamos o lúdico a favor da inclusão. Então, as crianças agem com naturalidade com o fato de o coleguinha usar um tapa-olho. Alguns acham que ele está brincando de ¿Dia do Pirata¿ até hoje. Isso aproxima as crianças e faz com que o aluno incluso se sinta bem, integrado e que ele permaneça na escola. Além da atividade de inclusão, em breve, Quéverton vai ganhar uma cuidadora especial exclusiva. 

_ Eu fico maravilhada com toda a mobilização. É o sonho de qualquer mãe ter o seu filho em uma escola com a inclusão necessária para integrar o seu filho_ diz Querlei. 

Herói sem transporte

O Batman tem o Batmóvel, A Mulher Maravilha tem o avião invisível, o Super Homem voa, mas, nosso pequeno herói, o ¿piratinha¿, não tem meio de transporte para ir à escola. Sim! Se por um lado Querlei está tranquila graças ao tratamento inclusivo da escola, por outro lado, a mãe está preocupada com a assiduidade do filho. Segundo ela, o transporte escolar que deveria estar levando o estudante ainda não foi liberado. Além disso, ela e o marido estão desempregados e não têm condições de levar o estudante à escola todos os dias.

_ Estou preocupada que meu filho tenha que faltar aulas e se prejudique em função disso. Moramos em área rural e são quase 3 quilômetros de distância da escola _ reclama.

De acordo com a secretária de Educação, Silvana Guerino, o transporte é um direito do estudante e a prefeitura vai providenciar que o problema seja solucionado. 

Quéverton com a mãe (esquerda) e as professoras e funcionárias da escola Professora Rejane Garcia Gervini Foto: Germano Rorato / Agencia RBS

Protetor ocular personalizado 

Querlei Bastos é uma mãe criativa e teve a ideia de personalizar o protetor ocular do filho com seus personagens favoritos. Segundo ela, isso incentivou Quéverto"

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