Epidemia de dengue no Brasil deve se agravar em 2023

Venho escrevendo sobre essa arbovirose que mais cresce no Brasil e que cada vez mais chega perto do sul do Brasil. Em 2022, os registros de casos de dengue no país aumentaram 162,5% em relação ao ano anterior. No total, foram quase 1 milhão e meio de casos. Houve também recorde de mortes, com a lamentável marca de 1.016 vidas perdidas por dengue. Os Estados com mais pessoas mortas pela doença foram São Paulo (282), Goiás (162), Paraná (109), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).

Combinação de fatores

É um conjunto que abrange desde um verão marcado por temperaturas elevadas e fortes chuvas até a falta de investimento em campanhas para reforçar as medidas de prevenção. Entra nessa conta a inexistência de uma rotina de visitas de agentes de controle de endemias e o atraso na distribuição de larvicidas e inseticidas aos Estados e municípios.

Nova linhagem

Além da conhecida sazonalidade da doença, com picos em número de casos a cada três a cinco anos, foi detectada a circulação de um novo genótipo do sorotipo 2 do vírus da dengue (DEN-2) no país. Até então, esta linhagem esteve presente em países da Ásia e da África. De modo geral, circulam atualmente no Brasil os sorotipos DEN-1 e DEN-2 genótipo III, também conhecido como genótipo asiático-americano. O genótipo do DEN-2 recentemente identificado no Brasil, conhecido como “cosmopolita”, é uma linhagem mais agressiva.

Vacinas são promessa de melhora do cenário

A grande esperança dos cientistas para conter a escalada de casos e evitar mais mortes pela doença é o surgimento de uma vacina eficaz contra os quatro subtipos conhecidos do vírus. Neste momento, o mundo dispõe de duas vacinas de empresas farmacêuticas do exterior e o Instituto Butantan está em fase 3 de estudo de outra vacina, essa administrada em dose única. Os pesquisadores ainda não sabem quanto tempo deve durar a proteção conferida por esses imunizantes. Outro momento apresento as diferenças entre essas vacinas.

Substâncias psicoativas na saúde

Desde muito tempo, a ciência tenta encontrar soluções para muitas doenças causadoras de sofrimento no homem a partir da natureza. E muitas dessas buscas se destinam ao controle de manifestações clínicas no cérebro humano. Substâncias com atividades psicoativas que possam controlar doenças psiquiátricas, manifestações psíquicas e doenças neurológicas.

Muitos desses princípios ativos fazem parte da cultura de muitos povos originários e são usados dos mais diferentes modos culturais e terapêuticos.

Frustação e toxicidade

Muitas dessas substâncias também são historicamente associadas ao seu uso ilícito com finalidade recreativas, as chamadas “drogas recreativas”. Em geral com efeitos alucinógenos. Esse é o caso do LSD, ácido lisérgico, muito utilizado nos anos 1960, sintetizado pela primeira vez em 1938 por Albert Hoffmann, e apesar da busca de um possível uso terapêutico no tratamento de alcoolismo e esquizofrenia, seus efeitos têm se mostrado mais deletérios ou ineficazes.

Ciência psicodélica

Mas a busca por alternativas terapêuticas é contínua, e substâncias psicodélicas podem ter um efeito benéfico quando designadas a determinados grupos de pacientes e utilizadas de maneira controlada e segura em determinados cenários clínicos. Uma nova onda de pesquisas, conhecida como “renascença psicodélica”, tem utilizado substâncias psicodélicas para fins terapêuticos.

Esse é o caso da Cannabis, embora ainda muito pouco estudada em ensaios clínicos consistentes, foi resgatada como medicamento e tem sua aplicação em manifestações da epilepsia infantil e outras patologias neurológicas no Brasil. Em apenas sete anos, as importações de Cannabis Medicinal cresceram mais de 9.000%!

No próximo artigo, comentarei mais sobre a ayahuasca e outras “moléculas do espírito”.

Estudo polêmico: tudo causa câncer?

O British Medical Journal (BMJ) tem uma longa tradição de publicar uma edição de Natal leve, cheia de estudos originais, irônicos e não tradicionais. Nesta era da desinformação em massa na internet, um estudo irônico que avaliou crenças e atitudes em relação ao câncer por parte de pessoas que acreditam em teorias da conspiração e que se opõem às vacinas foi alvo de muita polêmica.

O estudo, intitulado “Tudo causa câncer? Crenças e atitudes em relação à prevenção do câncer entre antivacinas, terraplanistas e conspiracionistas” (com livre tradução para português), foi publicado na última edição de Natal de 2022. Os autores buscaram a avaliar “os padrões das crenças em relação ao câncer entre pessoas que acreditam em conspirações, não tomaram a vacina contra a Covid-19 ou são adeptos à medicina alternativa”.

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