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Em meio à pandemia, 40 leitos são abertos em Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gustavo Mansur (Palácio Piratini)

A maratona da série chamada Hospital Regional de Santa Maria teve, nesta segunda, o fim de uma temporada. Em específico, desta vez, os desdobramentos mais recentes deram-se acerca da abertura dos leitos de UTI e clínicos para o complexo frente à pandemia Covid-19.  

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Desde o surgimento do novo coronavírus, que virou do avesso a pauta dentro da administração pública, urgia a necessidade de se fazer com que o complexo de 20 mil m² e que tem, ao menos, metade deles ociosa, passasse a oportunizar leitos. O que jamais aconteceu, desde junho de 2018, quando o hospital foi inaugurado e, de lá para cá, oferece apenas dois ambulatórios para atendimento de pacientes cardíacos, com diabetes e hipertensos. 

A sociedade civil iniciou, ainda em março, um movimento de cobrança para que isso ocorresse junto ao Executivo gaúcho. Isso, aliás, ganhou o reforço do Ministério Público Estadual (MPE) e do Ministério Público Federal (MPF), que se somaram às cobranças do governo do Estado. Além da própria prefeitura que, embora, não tenha ingerência no tema, debruçou-se para a abertura de leitos. 

COMO SERÁ
Nesta segunda, enfim, viu-se a entrega de leitos para o enfrentamento à Covid-19 com a presença de autoridades públicas dos Executivos municipal e estadual. A vinda do governador Eduardo Leite (PSDB), no começo da tarde, após uma breve vistoria, deu início à tão aguardada fase do Regional: o de ser, de fato, um hospital. 

O chefe do Piratini, na presença da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, e do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), anunciou a oferta de leitos clínicos e de UTI para o complexo - que consumiu R$ 70 milhões dos cofres públicos - e que levou 15 anos entre a idealização, construção e entrega à sociedade.

Leite e Arita, na companhia de Pozzobom e de demais autoridades, percorreram o Regional e vistoriaram os leitos que serão ofertados já a partir desta terça-feira. Para o Regional, serão, ao todo, 60 leitos na luta contra a pandemia. Neste primeiro momento, serão 40 deles - 30 clínicos e 10 de UTI. E os demais 20 leitos clínicos na próxima semana.  

A secretária explica que, recentemente, a Secretaria Estadual da Saúde fez a locação de 78 leitos para municípios incluídos no Plano de Contingência Hospitalar - que traz as diretrizes de enfrentamento à pandemia -, e que, deste número, 30 deles são para Santa Maria. A locação de cada aparelho tem um custo de R$ 24 mil. 

META
A secretária reforçou a promessa do Estado de, neste ano, ter um total de 130 leitos dentro do Regional (confira no quadro). O que, aliás, ela vinha sinalizando desde o ano passado. Já, para 2021, esse número pode chegar a quase 200. Para prestar atendimento aos pacientes, já a partir de hoje, foram contratados 83 profissionais de equipe assistencial e mais 30 médicos.

Arita e Leite destacaram que, em decorrência da Covid-19, houve a necessidade de se trabalhar o mais rápido possível para abrir parcialmente um ala para ampliar a capacidade de atendimento a Santa Maria e os demais 32 municípios de cobertura do Regional, que abrange uma área de mais de 500 mil pessoas. 

PROTOCOLOS
Arita destacou que para preservar os atendimentos eletivos dentro do hospital, que tem dois ambulatórios, há uma portaria estadual que traz regramentos e procedimentos padrão para atendimentos a pacientes hipertensos e cardíacos. Assim, há um conjunto de normas estabelecidas com cuidados no transporte dos pacientes e, inclusive, com distanciamento e com proteção aos profissionais da saúde.

Leite destacou a força-tarefa da sociedade civil para que o Regional pudesse viabilizar esses leitos em tempo hábil, antes do ápice do coronavírus, projetado para o mês de maio. O governador e a secretária resumiram que a entrega dos leitos não foi uma "inauguração". Mas, sim, "uma vistoria técnica" e um "compromisso com a saúde e com a vida de Santa Maria e região". 

Dos R$ 36,6 milhões, metade já está empenhada 

Ao Diário, a secretária Arita Bergmann explicou a quantas anda a aplicação dos R$ 36,6 milhões liberados pelo governo federal, no fim do ano passado, ao Piratini. Deste valor, 50% já estão empenhados e parte dele foi empregado para a compra de materiais e equipamentos para viabilizar os atendimentos junto à ala da Covid-19 dentro do Regional. Assim, a secretária afirma que já há em curso processos abertos para a compra de equipamentos.

- Dos R$ 36,6 milhões, 50% já estão empenhados e as compras estão sendo feitas. E foi com isso que conseguimos antecipar a abertura desses leitos. Depois, ao fim da pandemia, os recursos e equipamentos serão direcionados para a verdadeira vocação do hospital, que é cardíaca - resume a secretária. 

APOIO DA SOCIEDADE
Ainda, em dezembro de 2019, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 36,6 milhões para a aquisição de diversos aparelhos, como o Raio x, hemodinâmica, aparelhos respiratórios, camas hospitalares, entre outros necessários para que a unidade comece a atender a população oferecendo leitos de internação. 

Para viabilizar a abertura destes 40 leitos de hoje, a iniciativa privada - por meio dos mais variados segmentos da sociedade civil - aportou cerca de R$ 1 milhão no auxílio para a aquisição de mobiliários, equipamentos de apoio, entre outros. 

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