É dia de feira: frutas, legumes e produtos coloniais atraem santa-marienses em diferentes pontos da cidade

Fotos: Nathália Schneider

Dona Eva levantou logo cedo na banca de Paulo para garantir as verduras da semana.

"É dia de feira, quarta-feira, sexta-feira, não importa a feira..." A música bastante conhecida da banda "O Rappa" descreve bem o cronograma de Santa Maria, que diariamente conta com diversas feiras livres em diferentes regiões da cidade. Logo cedo da manhã, os gazebos recheados de frutas, legumes, verduras e produtos coloniais fresquinhos já esperavam a população, na manhã desta terça-feira (9), no Feirão Livre, localizado na Rua Vale Machado.

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Paulo Sortica de Paulo, 58 anos, trabalha com a comercialização de frutas, verduras, legumes e produtos coloniais. Logo atrás da Escola Básica Estadual Cícero Barreto, ele atende os clientes com muita tranquilidade, já que sem as aulas na Universidade Franciscana (UFN), o movimento reduz consideravelmente. Há mais de 23 anos nesse ramo, ele comenta sobre o aumento dos preços nos alimentos. O tomate, batata inglesa, pepino e “até” o chuchu ficaram mais caros.

– Pra montar uma banquinha, saiu bem caro para nós. Eu mantenho o preço, coloco a minha margem que fica em torno dos 30%, senão fico sem lucro. Mas sempre tem meus clientes fiéis que vem – conta.

Com o carrinho cheio, Eva de Souza, 74 anos, garantiu as compras da semana. Para economizar, a cuidadora sempre pesquisa o melhor preço.

– Comprei tomate, pepino, agrião e um melão. Sexta-feira, eu já venho de novo, estou acostumada a comprar na feira. Mas eu vou no mercado também para aproveitar as promoções, porque o nosso dinheiro não rende né – brinca.

Táticas para driblar o calor

O aumento das temperaturas não influencia apenas a produção e o aumento do preço dos alimentos, mas também exige adaptações por parte dos feirantes. Paulo conta que é inevitável a perda de alguns produtos, mas busca reforçar a proteção das frutas e hortaliças:

– Elas vão estragando, e murcham. Não tem como vender mais. Tem que estar sempre regando, oriento sempre a colocar na geladeira assim que o pessoal chega em casa, pra poder manter – explica.

Variedade na Saldanha Marinho

Quem passa pela Praça Saldanha Marinho até quinta-feira (11), deve encontrar uma grande variedade de produtos disponíveis no Feirão Colonial. Um dos gazebos tem como carro-chefe os produtos que não podem faltar em um bom café da tarde: queijo, salame e chimias – vindos diretamente de Nova Esperança do Sul. O proprietário, Lorenzo Iop, 35 anos, percebe uma redução de até 50% do movimento nestas primeiras semanas de 2024, e um acréscimo de até 30% nos insumos dos produtos:

– Por causa da chuva (em excesso), o preço das frutas subiu bastante também. Nesse mesmo mês, no ano passado, eu teria bem mais pêssego e melão. Deu muita quebra de produção, estragou muito. Eu tô até sem mel, vou ver se consigo melar na primeira semana de fevereiro, porque a chuva molha a flor e acaba o pólen – explica ele.

Mas, há também quem procure temperos ou uma planta especial para decorar a casa. Aos 62 anos, Cláudio Strep contabiliza mais de duas décadas com venda de flores. Como o ponto da feira é central, ele comenta que muitos comerciantes dos arredores buscam por plantas para ambientes internos. Contudo, os temperos como cebolinha, salsinha, arruda e hortelã também são muito procurados.

Temperos como cebolinha, salsinha, arruda e hortelã são muito procurados pela população que passa no local.

Quando a pergunta é sobre plantas de fácil manutenção, Strep indica a zamioculca. Ela pode ser regada a cada 15 dias, se adapta bem a ambientes internos com pouca luz.

– A gente procura auxiliar bastante na venda, porque depende muito da orientação. Se for feita da forma correta, a pessoa vai voltar. A gente tem uma clientela certificada que todo mês vem comprar e já nos pergunta quando vamos retornar – relata.

Cláudio (de boné) orientando a clientela.

Zamioculca: a planta para quem não tem tempo ou não sabe cuidar de uma.

Quem quiser, pode chegar

Veja abaixo o cronograma completo para as feiras nos próximos dias em Santa Maria:

FEIRÃO COLONIAL

QUANDO: de segunda-feira (8) a quinta-feira (11) e sábado (13)
ONDE: Praça Saldanha Marinho (de segunda-feira a quinta-feira) e Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter (sábado)
HORÁRIO: das 8h às 18h (segunda-feira a quinta-feira) e das 7h às 13h (sábado)

FEIRÃO REGIONAL

QUANDO: terça-feira (9) e sexta-feira (12)
ONDE: Praça dos Bombeiros
HORÁRIO: das 7h às 13h

POLIFEIRA DO AGRICULTOR DA UFSM

QUANDO: terça-feira (9) e quinta-feira (11)
ONDE: Avenida Roraima (terça-feira) e Largo do Planetário (quinta-feira)
HORÁRIO: das 7h às 13h (terça-feira) e das 12h às 18h (quinta-feira)

FEIRA DE ORGÂNICOS ANA PRIMAVESI

QUANDO: quarta-feira (10)
ONDE: UFSM
HORÁRIO: das 9h ao meio-dia

QUINTA FEIRA ARTESÃ

QUANDO: quinta-feira (11)
ONDE: Praça Roque Gonzales/ Praça do Hospital de Caridade
HORÁRIO: das 9h às 17h

FEIRA DE FLORES

QUANDO: quinta-feira (11)
ONDE: Praça Saldanha Marinho
HORÁRIO: das 9h às 17h

ARMAZÉM COOPERCEDRO

QUANDO: de segunda-feira (8) a sábado (13)
ONDE: Praça Saturnino de Brito
HORÁRIO: das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30 (segunda-feira a sexta-feira) e das 9h às 12h (sábado)

QUANDO: sexta-feira (12)
ONDE: Praça Saldanha Marinho - Feira da Emater
HORÁRIO: das 7h às 13h