Foto:Nathália Schneider (Diário)
Rio Jacuí na sexta-feira (8). Hoje, as águas já reduziram.
Na última semana, o acumulado de chuva trouxe preocupação à Região Central devido ao aumento das águas nos rios, como é o caso do Jacuí. Com passagem por alguns municípios, como em Agudo, famílias da localidade de Cerro Chato, na divisa com o município de Restinga Sêca, tiveram a água na porta de casa na última sexta-feira (8). Por enquanto a água recuou, mas o alerta permanece, já que há previsão de mais chuva para os próximos dias. Pelas características do município, a chuva intensa em poucas horas torna o cenário mais perigoso.
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Segundo o coordenador da Defesa Civil de Agudo, João Francisco Marques, o rio já voltou ao seu leito depois de passar seis metros do nível normal. Conforme a última atualização, às 11h desta segunda-feira (11), ele reduziu três metros.
– A princípio teria sido só um morador que teve que ser deslocado da sua residência para um vizinho. Ele ergueu seus móveis. Os demais, foram nos acampamentos invadidos pela água, em Cerro Chato – revisita Marques.
+Nível do Rio Jacuí preocupa moradores de municípios da Região Central
Monitoramento
Via aplicativo no telefone, o município monitora o nível de água pelos dados do Sistema HIDRO - Telemetria, da Agência Nacional de Águas, em que é possível consultar dados das estações em tempo real. Além disso, há visitas mensais por parte do município para fazer as medições.
Parceira no planejamento de ações na gestão de eventos climáticos, a Usina Hidrelétrica (UHE) Dona Francisca, instalada no rio Jacuí, tem ação direta nos municípios próximos da região a depender da quantidade de água que chega à Usina.
Qualquer alteração nos dados da Agência ou pelo comunicado da Usina de Dona Francisca, a equipe da Defesa Civil municipal alerta os moradores, principalmente aqueles das áreas de histórico alagamento, para que se preparem – e levantem móveis e/ou se desloquem, na descrição do coordenador da Defesa Civil de Agudo, João Francisco.
Agenda de procedimentos
- Defesa Civil e Usina de Dona Francisca conversam para um plano de ações visto as previsões de chuva para a região nos meses de outubro e novembro
- A conversa busca alinhar pontos para indicar medidas de prevenção
- Com o arroio Hermes, que corta a cidade, um acumulado volumoso em um único dia já pode trazer estragos à cidade – atingindo algumas casas e prédios
- A chuva intensa em poucas horas é o cenário mais perigoso
Histórico
- Em janeiro de 2022, o Jacuí chegou a ficar 4,5 metros acima do nível normal e atingiu áreas de lavouras que ficam na encosta. Da mesma forma dos últimos episódios, a localidade mais atingida com a cheia do rio foi Cerro Chato. Apesar da inundação, não foram registrados prejuízos.
- Em 2015, o município teve chuva intensa em algumas horas, o que gerou transbordamento do arroio Hermes, que corta a cidade. Bem como, o aumento do rio Jacuí.
- Em 5 de janeiro de 2010, um período intenso de chuva agitou as águas do rio Jacuí e a ponte que liga Agudo e Restinga Sêca desmoronou. No episódio, cerca de 20 moradores da região caíram no local e cinco morreram, entre eles, o então vice-prefeito de Agudo, Hilberto Boecke.
Dona Francisca
Ainda no domingo, a Defesa Civil estadual emitiu alerta para a cheia do rio Jacuí com elevação a partir de Cachoeira do Sul. O fluxo de águas deve ser monitorado em todos os municípios de passagem, como é o caso de Dona Francisca.
Em caso de risco em Agudo, os contatos são
- Bombeiros Voluntários de Agudo pelos telefones
- 193
- (55) 3265-1333
- (55) 9 9983-8368
- (55) 9 9911-5396.