Desde agosto de 2007, o Centro Comunitário do bairro Tancredo Neves é um porto seguro para muitas pessoas. Todas as quartas, às 19h30min, elas se encontram para participar da reunião do Alcoólicos Anônimos Recuperação, que tem a proposta de ajudar o doente alcoólico a compreender a sua doença.
Em Santa Maria, existem sete grupos do tipo (veja abaixo). As reuniões são abertas à comunidade e, quando um novo membro chega ao local, é recebido de braços abertos.
Vem muita gente deprimida, angustiada. Aqui, elas falam tudo o que estão sentindo, o que estão passando. Nada do que acontece no AA é obrigado, é tudo sugestionado. Ninguém é obrigado a vir nem a ficar nem a não beber. Quando ela se sentir à vontade, ela pode falar. No momento que ela admite que é impotente perante o álcool e manifesta o desejo de se recuperar, nós damos o suporte e o apoio explica Loreni Aparecida de Oliveira Rodrigues, coordenadora do grupo.
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Para um dos frequentadores do, que preferiu não se identificar, a instalação de um AA nos bairros é válida para ampliar a rede de apoio:
Em qualquer lugar há pessoas doentes pelo alcoolismo. Uma unidade nos bairros é um lampejo, uma sentinela para quem busca ajuda. Aproxima da comunidade e facilita, também, a locomoção de quem precisa. Para muitos de nós, talvez o AA é o último lugar que nos devolva a vontade a viver.
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Por amor
A mesma opinião é compartilhada por Loreni, que julga de extrema importância o trabalho desenvolvido nos grupos de apoio, principalmente nos bairros mais afastados do Centro. É nos outros integrantes que cada um encontra força para seguir em frente:
Deveria ter muito mais. Hoje, temos em Camobi, no Rosário, aqui... A gente está aqui para recuperar vidas. O alcoolismo não tem cura. Eu entrei no AA pela dor, e hoje venho por amor comenta ela.
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