Caso Gabriel: Ministério Público deve entregar denúncia na segunda-feira

Maurício Barbosa

Caso Gabriel: Ministério Público deve entregar denúncia na segunda-feira
O Ministério Público (MP) de São Gabriel confirmou o recebimento do inquérito policial que investiga a morte de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos. Conforme a promotora Lisiane Veríssimo da Fonseca, o inquérito foi entregue na tarde de quinta-feira e já foi analisado. Uma coletiva de imprensa na sede do MP, em Porto Alegre, está marcada para a próxima segunda-feira, às 9h, quando o Ministério Público se manifestará sobre o caso.

Ao ser questionada pela reportagem, a promotora confirmou que já leu o inquérito, que não pretende pedir novas diligências ou uma reconstituição e que irá falar mais sobre o caso na coletiva. Embora o MP não solicite a reconstituição, ela deve acontecer, pois conforme o delegado regional da Polícia Civil Luis Benites, ela foi solicitada dentro do inquérito que foi entregue ao MP. Ainda segundo o delegado, com a conclusão do inquérito, não serão feitas novas diligências para ouvir testemunhas, a não ser que sejam solicitadas pelo Ministério Público. A reconstituição ainda não tem data para acontecer, pois depende da agenda do Instituto-Geral de Perícias (IGP).

A advogada Rejane Lopes, que representa a família de Gabriel, foi procurada pela reportagem e preferiu não falar, mas se manifestou por meio de mensagem. Ela destaca que algumas perguntas como a hora da morte e como Gabriel foi parar dentro do açude ficaram sem resposta após a conclusão do inquérito.

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“Faltam ainda a conclusão de algumas provas periciais, por exemplo, a análise das viaturas, além da resposta de alguns ofícios policiais que serão juntados tão logo sejam disponibilizados. É importante ressaltar que, como relatado pelas autoridades da Polícia Civil, embora o inquérito tenha sigo entregue, algumas diligências estão em aberto e serão posteriormente anexadas. Sobre os outros crimes que são correlacionados ao homicídio, é de incumbência da polícia militar investigar e juntar ao inquérito policial militar”.

A reportagem tentou contato novamente com a advogada Vânia Barreto, que representa os soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso, mas ela não atendeu as ligações na sexta. Eles e o sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen foram investigados após o jovem desaparecer depois de ser abordados por eles. O advogado de Jacobsen voltou a afirmar, na quinta-feira, que o PM é inocente. Ele alega que Jacobsen estava abordando uma pessoa em uma parada de ônibus, estando de costas para os outros dois policiais que abordavam Gabriel. Por isso, alega não ter visto nenhuma agressão e que o jovem foi deixado vivo na região de Lava Pé.

Os três PMs suspeitos seguem presos na Capital.

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