Os familiares de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, chegaram ao fórum de São Gabriel pouco antes do meio-dia desta sexta-feira. Os réus, os soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso e o sargento Arleu Cardoso Jacobsen, chegaram em um comboio de viaturas da Brigada Militar (BM) por volta das 12h.
As testemunhas também já estão no fórum. A audiência da Justiça Militar apura os crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Serão ouvidas cinco pessoas.
Entenda o caso
Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, desapareceu por volta da meia-noite do dia 12 de agosto, no Bairro Independência, em São Gabriel. Segundo o relato de uma moradora, ela teria chamado a Brigada Militar (BM) após o jovem ter forçado a grade da casa dela e tentado entrar no local. Policiais foram até o endereço, abordaram, algemaram Gabriel e o colocaram no porta-malas da viatura. Depois disso, o jovem não foi mais visto.
O corpo de Gabriel Marques Cavalheiro foi encontrado dia 19 de agosto, em uma barragem na região conhecida como Lava pé. Os três policiais militares que abordaram o jovem foram presos na noite do dia 19 de agosto, e foram encaminhados ao Presídio Miltiar de Porto Alegre, onde estão presos desde então. O laudo do exame de necropsia apontou que Gabriel morreu devido a uma hemorragia interna na região do pescoço, provocada por uma agressão, e que não haviam indícios de afogamento.
– Conforme o laudo de necropsia, a morte de Gabriel ocorreu por perda sanguínea causada por ruptura de vasos na região cervical com sinais de ação por instrumento contundente, ou seja, uma hemorragia interna – explicou Heloísa Helena Kuser, diretora-geral do Instituto Geral de Perícias (IGP) em coletiva de imprensa realizada no dia 29 de agosto.
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