sem autoria

Ataque de cunho racista ocorrido na UFSM em 2017 é arquivado pela Justiça

Michelli Taborda e Pâmela Rubin Matge

O primeiro caso de ataque racista que ocorreru dentro do campus de Camobi da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), entre 2017 e 2018, foi arquivado pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com informações da Polícia Federal (PF), as investigações do caso, que aconteceu em agosto do ano passado, na sala do Diretório Acadêmico do curso de Direito, que fica na antiga reitoria, no Centro da cidade não conseguiram apontar a autoria dos ataques. 

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No dia 17 de agosto, na sala do Diretório Acadêmico do curso de Direito, uma aluna do curso entrou na sala do diretório e encontrou desenhos de suásticas nas paredes. Os alunos fotografaram os desenhos, feitos à caneta, e o caso foi encaminhado à PF, que tentou apurar a autoria do crime desde então, por meio de análise de caligrafia de alunos e depoimentos de testemunhas.

Como no local não há câmeras de segurança, a PF já havia informado, anteriormente, sobre a dificuldade em identificar o autor do ataque. Diante disso, o processo foi arquivado por falta de indícios, em julho deste ano, pela 3ª Vara Federal de Santa Maria. 

Os outros três casos que continuam sob investigação da PF aconteceram entre setembro de 2017 e outubro deste ano (veja os detalhes abaixo). Até o momento, os responsáveis ainda não foram identificados. Ainda conforme a PF, dois casos que aconteceram neste ano, na UFSM e na Universidade Franciscana (UFN), devem ser remetidos à Justiça Estadual.

OS CASOS

ARQUIVADO

  • 1º caso - 17 de agosto de 2017
    Uma aluna encontrou, na sala do Diretório Livre do Direito (DLD), na antiga reitoria, desenhos de suásticas (símbolos nazistas)
    O Ministério Público Federal opinou pelo arquivamento do processo por conta da ausência de indícios de autoria. O caso foi arquivado pela 3ª Vara Federal de Santa Maria em 9 de julho deste ano.

EM ANDAMENTO

  • 2º caso - 14 de setembro de 2017
    Frases de cunho racista foram pichadas na sala do DLD. Na parede da sala, alunos encontraram a frase: "Fernanda e Elisandro, o lugar de vocês é no tronco, fora negros, negrada fora.
    Foram realizadas diversas diligências ao longo da investigação, como análise de imagens e oitivas de testemunhas. A PF aguarda a elaboração de laudo pericial. A autoria ainda não foi identificada.
  • 3º caso - 21 de novembro de 2017
    Pichações, com frases e suásticas, foram encontradas na sala do Diretório Acadêmico das Ciências Sociais, no campus de Camobi. Os nomes de três alunos negros também estavam escritos nas paredes 
    A investigação do caso ainda está em andamento. A autoria ainda não foi identificada.
  • 5° caso - 26 de outubro de 2018
    Um banheiro do Colégio Politécnico foi alvo de pichação com frases de cunho racista na parte interior da tampa de um vaso sanitário. Além da frase "esses pretos fedidos vão morrer", uma suástica foi desenhada e o número de um dos candidatos à Presidência
     
    O material foi apreendido e encaminhado para perícia. Estão sendo analisadas imagens de câmeras de segurança e realizadas entrevistas com funcionários, para apontar suspeitos. A autoria ainda não foi identificada. 

OUTROS CASOS

  • 4º caso - 10 de outubro de 2018
    Dois jovens, de 19 e 23 anos, teriam sido ameaçados por um outro rapaz com frases racistas. No boletim de ocorrência, registrado junto à Polícia Civil, os universitários relatam que estavam entrando em um banco quando um homem que estaria recolhendo o lixo começou a xingá-los, chamando eles de negros sujos e macacos e mandando-os lavar o cabelo: "seus nego sujo, vai lavar esses cabelo, macaco fedido". Eles teriam ainda sido ameaçados
    Por não ser atribuição legal da Polícia Federal, o processo deve tramitar na esfera Estadual.
  • 6º caso - 29 de outubro de 2018
    Alunos do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) foram surpreendidos por uma frase de cunho racista, encontrada no quadro da sala 606 do prédio 14, que abriga os cursos da Comunicação Social. No local, estava escrito: "Dá-lhe! Capitão. Preto no tronco!
    Por não ser atribuição legal da Polícia Federal, o processo deve tramitar na esfera Estadual.

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