Associação de motoristas de aplicativo lança nota em repúdio a ameaças

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Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)
Motoristas de aplicativos e taxistas dividem espaço na cidade

A Associação dos Motoristas por Aplicativo de Santa Maria (AMAPSM) publicou nesta sexta-feira uma nota (veja abaixo) em repúdio a ameaças que os motoristas estariam sofrendo, em lugares públicos da cidade, enquanto exercem a função. A nota também pede a regulamentação da atividade na esfera municipal.

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O presidente da associação, Tiago Cervo, disse que os motoristas de aplicativo tem sido ofendidos e ameaçados em locais como a rodoviária, aeroporto, saída de shoppings e supermercados. Segundo ele, quem dirige transporte particular não poderia ser privado de circular e estacionar em locais públicos, ainda que próximo aos pontos de táxi. 

- Há muitos que trabalham com as duas modalidades, de dia são profissionais do táxi e de noite trabalham com aplicativo, e que entendem a nossa situação. Então, é uma minoria que precisa ser advertida. Mas, o fundamental para nós é que a sociedade entenda pelo que estamos passando - explica.

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A entidade não tem nenhum canal de comunicação unificado, mas o presidente explica que há grupos de WhatsApp formados por motoristas, onde vídeos com as ameaças estariam circulando. Até o momento, segundo Tiago, nenhuma agressão física chegou ao conhecimento da associação:

- A gente sempre orienta, conversa com os colegas, para não entrar em vias de fato. 

Tiago tenta marcar uma reunião com representantes da secretaria de Mobilidade Urbana, para levar ao conhecimento do setor as situações descritas na nota. Ele não descarta registrar as ameaças junto à Polícia Civil, se elas continuarem.

O QUE DIZ O SINDITÁXI
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Santa Maria (SindiTáxi), Marco Antonio Fogliarini, disse que, até o final da manhã desta sexta-feira, não havia chegado ao conhecimento dele qualquer informação sobre atritos entre motoristas de aplicativo e taxistas. 

- Eu sei que existe rivalidade, mas chegar ao ponto da briga, não houve. Para mim, oficialmente, não veio nada. Discussões é claro que vão ter. A reclamação do pessoal (taxistas) é que o aplicativo é para ser chamado pelo telefone e o pessoal do aplicativo tá fazendo ponto em locais estratégicos de saída de público, como a rodoviária, por exemplo. Essa é a maior discussão - garante. 

CONFIRA NA ÍNTEGRA A NOTA DA AMAPSM:
"A AMAPSM - Associação dos Motoristas por Aplicativo de Santa Maria vêm repudiar situações que estão ocorrendo durante a prática do trabalho dos motoristas por aplicativo de Santa Maria. Em alguns locais da cidade, estamos recebendo por parte de uma categoria de concessão pública de transporte de passageiros uma afronta de ameaças a respeito da nossa presença em diversos lugares públicos. A AMAPSM se posiciona contrária a toda e qualquer iniciativa que afronte a liberdade de ir e vir e a iniciativa de trabalho e livre comércio, por meio pelo qual, mais de 1500 motoristas auferem renda no município de Santa Maria. Não entendemos e nem admitimos, passados já dois anos da regulamentação federal, que tenhamos falta de condições de trabalho, uma vez que a categoria pede sua regulamentação para que o município receba seus impostos devidamente, assim aumentando sua arrecadação para melhorar a nossa cidade. Em nossa atividade são centenas de motoristas, no município de Santa Maria, contribuindo com a mobilidade urbana, com o transporte particular de passageiros, e fica aqui nossa angústia. Mais uma vez, para que o poder público enxergue esse importante passo tanto para os motoristas de app quanto para o próprio município, da aprovação da Lei Municipal que regulamenta nosso trabalho, lembrando que a Lei Federal já existe legalizando o serviço em todo país. A aprovação da Lei, que já foi enviada mais de uma vez, escrita nos mínimos detalhes, respeitando todas as questões constitucionais, à exemplo de diversos municípios em que a regulamentação já foi aprovada, e que vem melhorar a qualidade do trabalho dos motoristas, assim como a vida dos mesmos, proporcionando condições dignas para realizarem suas atividades sem quaisquer distinção ou discriminação de outras categorias similares."