caso kiss

Associação da Kiss envia carta ao governador para cobrar rigor na lei

Natália Müller Poll

A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) enviou uma carta aberta ao governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), criticando o decreto estadual que prorrogou a entrada em vigor das exigências da Lei Kiss por mais quatro anos. Flavio Silva, presidente da AVTSM, explica que a carta foi escrita sob muita indignação após tomar conhecimento da prorrogação determinada pelo governador.

Desfecho do processo principal da Kiss deve se arrastar por até 4 anos

O decreto 54.942/19, que foi publicado no Diário Oficial do Estado em 23 de dezembro de 2019, altera a legislação que regulamenta a Lei Complementar 14.376/13, sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul. A partir de agora, empreendimentos públicos e privados que ainda não se adequaram à Lei Kiss têm mais 4 anos para se encaixar. Para empreendimentos considerados de alto risco, como casas noturnas, não houve alterações.

Ao completar sete anos do incêndio, caso Kiss ainda está longe de um desfecho

Em função da prorrogação, Flavio quer explicações do governador.
- Junto com este decreto, vieram muitas justificativas, sem nenhum fundamento. Nós entendemos quando o governador do Estado fala da dificuldade de readequação de grandes instituições como hospitais, presídios e escolas. O que a gente não pode aceitar é que empresas e indústrias sejam beneficiadas com este prazo. ­- explica o presidente da AVTSM.

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Ele sugere ainda, que as intenções políticas e partidárias venham sendo priorizadas, ao invés da real preocupação em salvar vidas.
- Essa prorrogação acontece porque os deputados não querem prejudicar os empresários que financiam suas campanhas eleitorais. Está na hora da gente acabar com esse jeitinho brasileiro de virar a mesa no final do segundo tempo. Se o governador quer mesmo salvar vidas, ele deve abrir prorrogação para as instituições públicas, mas não ao setor empresarial e de comércio. O certo é que quem não esteja adequado às normas feche suas portas.

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