"Existe uma grande confusão e uso político": Leite nega investimentos do Estado para o Carnaval da Portela

Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

Em entrevista ao programa Bom dia, Cidade!, da CDN, nesta quinta-feira (19), o governador Eduardo Leite (PSD) falou, além da situação da região em virtude das chuvas fortes, sobre a polêmica envolvendo o patrocínio do Estado à Escola de Samba Portela, do Rio de Janeiro. 

 
Na segunda-feira (16), Leite havia anunciado o patrocínio de parte do desfile da agremiação carioca, que, no próximo Carnaval, homenageará o príncipe Custódio, considerado uma das personalidades mais importantes da cultura negra gaúcha, que chegou em Porto Alegre no início do século 20.


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O anúncio do patrocínio aconteceu no evento realizado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) com o objetivo de pressionar o governo federal a bancar  a renegociação da dívida dos agricultores, que têm feito protestos cobrando uma posição da União. O ato na Famurs, inclusive, foi para pressionar por uma solução concreta ao agronegócio.  


Nesta quinta-feira (19), em entrevista à CDN, Leite afirmou que tudo não passou de uma grande confusão e que as suas falas estão sendo tiradas de contexto.

–Tentam sinalizar que o Estado vai pagar ou bancar o desfile. O Estado nunca ajustou com a Portela pagar o desfile, nem fazer um financiamento substancial – afirmou o governador sobre o tema que está gerando repercussão, principalmente nas redes sociais.


A contribuição seria no mesmo sentido de outros eventos apoiados pelo governo, demandando uma colaboração de servidores.  

– O que nós sinalizamos é que, de alguma forma, iremos apoiar, seja acolhendo as pessoas que farão as pesquisas de Carnaval, os estudos da cultura negra. A gente dá essa suporte, mas não está nem decidido se haverá aporte direto – frisou Leite. 



Manobra política por parte de adversários


Leite sinalizou que a divulgação da informação tem cunho eleitoral por adversários políticos. Especulou-se nos últimos dias que seriam investidos valores substanciais para o desfile.

Acho que o momento, de estar chegando em um momento eleitoral, de estarmos vivendo um momento complicado, faz com que isso seja usado de forma política. Já ouvi gente falando que iríamos gastar R$ 20 milhões, não faremos algo nem perto disso, não há disposição alguma do Estado em fazer grandes aportes na Portela – destacou ele, que poderá a concorrer a presidente ou ao Senado em 2026.  


Exaltar a história e contribuições


Conforme o governador, a ideia inicial é fazer com que a população brasileira mude a forma de enxergar o Rio Grande do Sul. O apoio à escola de samba seria mais uma das formas de posicionar o olhar ao Estado. A decisão de homenagear Custódio e contatar os responsáveis pela pasta partiu exclusivamente da Portela, esclareceu Leite.

– Se tem um problema reputacional no país, quando se fala de negros aqui. Por aqui, acabam destacando situações de racismo, tentando imputar ao Estado uma pecha racista – finalizou o chefe do Piratini.


É costumeiro ter homenagens a diversos povos que passaram pelo Rio Grande do Sul em décadas passadas, como alemães, italianos e portugueses. Agora, é hora de ampliar e mostrar mais sobre o povo gaúcho.

É uma homenagem bastante relevante e meritória do povo negro no Rio Grande do Sul, aqui se tem uma forte contribuição Africana no estado, que não é falada. O estado apoia uma série de outros eventos, congressos, feiras e eventos que interessam ao Rio Grande do Sul em termos de posicionamento, então este também tem seus méritos. - finalizou Leite

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