falta de chuva

Apenas uma cidade da região ainda não está em situação de emergência por causa da seca

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Foto: Prefeitura de Lavras do Sul (Divulgação)
Lavoura de milho totalmente perdida na localidade do Laranjal em Lavras do Sul

style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">Com mais três cidades em situação de emergência por causa da estiagem, o total de prefeituras da Região Central com o decreto chega a 38. Dilermando de Aguiar, Lavras do Sul e Silveira Martins encaminharam a documentação de emergência recentemente. Dos 39 municípios da região, apenas um ainda não assinou o decreto: Santana da Boa Vista, que ainda contabiliza as perdas e deve entrar para a lista nos próximos dias.


Em Silveira Martins, as perdas nas plantações de milho chegaram a 70% e na soja já se aproximam a 40%. Cerca de 20 famílias da cidade dependem da entrega de água potável da prefeitura, porque estão com os poços secos. Também já foram abertos bebedouros para os animais e há uma fila de espera para abertura de novos reservatórios de água. 

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O município de Lavras do Sul já realiza a distribuição de água potável para 150 famílias da área rural. Os trabalhos com o caminhão-pipa, conforme o prefeito Sávio Prestes (PDT), iniciam às 7h30min e só terminam pela noite, devido ao aumento da demanda. O Rio Camaquã, que abastece o município, já está em nível considerado crítico. 

- Vivemos um panorama muito parecido com todo o Estado. Fizemos um diálogo com as entidades do agronegócio e fizemos um diagnóstico bem detalhado da situação, que é preocupante. O município leva água potável a todos os rincões. Queremos, a partir do decreto, buscar recursos para amenizar os prejuízos e construir uma infraestrutura rural que permita juntar água nos períodos de chuva, para justamente evitar novas situações como essa - destaca Prestes.

Dilermando de Aguiar, de 3 mil habitantes, já contabiliza prejuízo de R$ 120 milhões na agricultura por causa da estiagem. De acordo com o prefeito Claiton Ilha (MDB), houve quebra de 85% na safra de milho e cerca de 50% nas lavouras de soja. 

- Em dezembro, quando começamos a contabilizar as perdas, tínhamos R$ 20 milhões em perdas. Em um mês, aumentou consideravelmente. E tende a piorar ainda - analisa.

A prefeitura faz entrega de água potável a 10 famílias do interior, e deve começar a distribuição em mais uma localidade com 24 famílias nos próximos dias. Um reservatório de 10 mil litros foi adquirido pelo Executivo para auxiliar o serviço. Quatro novos poços artesianos também devem ser entregues à população em breve. Dois já foram perfurados e outros dois aguardam liberação. 

Do total de 38 cidades em emergência na Região Central, 15 já tiveram o decreto homologado pelo Estado e reconhecido pelo governo federal. Outros oito municípios já têm a homologação, mas ainda aguardam o aval da União. Os demais 15 já encaminharam a documentação à Defesa Civil Estadual, mas não obtiveram o retorno. Em média, a espera tem sido de 15 dias a partir da assinatura do decreto para que haja a homologação do governo estadual. 

No Rio Grande do Sul já são 335 municípios em situação de emergência, o que corresponde a 67% do total de 497 prefeituras gaúchas.

 SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA NA REGIÃO

Cidades com o decreto homologado pelo Estado e reconhecido pela União

  • Agudo
  • Cacequi 
  • Cruz Alta
  • Itacurubi 
  • Jari 
  • Júlio de Castilhos 
  • Nova Esperança do Sul
  • Nova Palma 
  • Quevedos 
  • Paraíso do Sul 
  • Santa Maria
  • São Martinho da Serra 
  • São Pedro do Sul
  • Toropi 
  • Tupanciretã 

Cidades com o decreto homologado pelo Estado

  • Faxinal do Soturno 
  • Ivorá 
  • Jaguari
  • Pinhal Grande 
  • Santa Margarida do Sul 
  • Santiago 
  • São João do Polêsine 
  • Vila Nova do Sul

Cidades que encaminharam a documentação, mas sem retorno

  • Caçapava do Sul
  • Dilermando de Aguiar
  • Dona Francisca
  • Formigueiro
  • Itaara
  • Lavras do Sul
  • Mata
  • Restinga Sêca
  • Rosário do Sul
  • São Francisco de Assis
  • São Gabriel
  • São Sepé
  • São Vicente do Sul
  • Silveira Martins
  • Unistalda

O QUE SIGNIFICA O DECRETO

Com a assinatura do decreto de emergência, as prefeituras conseguem dispensa de licença ambiental e de licitações, o que agiliza processos e compras para amenizar os problemas da seca. Além disso, financiamentos rurais de produtores podem ser recalculados e parcelas podem ser estendidas. Ainda, após o reconhecimento da situação pelo Estado e a homologação do decreto pela União, é possível a obtenção de recursos estaduais e federais para investir na cidade.

Diferente do que acontece em temporais, onde as consequências são factuais, com rastros de destruição, em estiagem prejuízos são sentidos a longo prazo, depois da colheita, por exemplo. 

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