Adolescentes aprendem sobre seus direitos e deveres em jogo de tabuleiro gigante

Bernardo Abbad

Adolescentes aprendem sobre seus direitos e deveres em jogo de tabuleiro gigante
Foto: Eduardo Ramos

Uma parceria entre o Sesc Santa Maria e o curso de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) tem levado diversão e conhecimento a crianças e adolescentes sobre seus próprios direitos e deveres. O Trilha do ECA é um jogo lúdico, criado por uma ação do Sesc Santa Maria, por meio do Programa Mesa Brasil, em parceria com o Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão Criança e Adolescente (Nupeca) do curso de Serviço Social da UFSM, mais especificamente com o projeto de extensão apoiado pelo Observatório de Direitos Humanos da UFSM, Brincando e Aprendendo com os Direitos da Criança e do Adolescente. 

O Trilha do ECA existe desde 2019 e trata-se de um grande tabuleiro de 5x5m onde as crianças e adolescentes são as peças do jogo. Nas casas do tabuleiro, estão escritos os artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Sesc faz contato com organizações sociais que são cadastradas no Programa Mesa Brasil e oferece a ação educativa. O cronograma é organizado, então, juntamente com o Nupeca, e o jogo é levado até as crianças e os adolescentes. 

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Segundo a assistente social do Sesc Santa Maria, Elisângela Rodrigues, 44 anos, é importante conscientizar os adolescentes de que eles têm direitos, uma legislação que os protege e pessoas que lutam por essa causa.– De forma lúdica, nós trazemos para crianças e adolescentes alguns artigos do ECA, seus direitos, compromissos e deveres. Também desmistificando um pouco o medo da figura do conselheiro tutelar – diz Elisângela.

Na terça-feira, 06, foi a vez de 14 adolescentes que participam de atividades educativas no contraturno escolar no Centro Social Marista participarem da ação. Em um primeiro momento, houve uma roda de conversa sobre os direitos e deveres das crianças e adolescentes, seguidas por um momento em que cada um deveria falar a origem do seu nome. Em seguida, a turma foi dividida em dois grupos de sete adolescentes para disputar o jogo no tabuleiro. Após lançar os dados gigantes, eles deveriam andar o número de casas correspondente e ler em voz alta o direito ou dever que estava escrito no tabuleiro. O jogo começa com o participante mais novo, indo até o mais velho. O primeiro a cumprir todo o caminho é o vencedor da Trilha do ECA.

Foto: Eduardo Ramos

Conforme Letícia Soares Quevedo, 19 anos, estudante do 2º semestre de Serviço Social na UFSM e bolsista no Projeto Brincando e Aprendendo com os Direitos da Criança e do Adolescente, a brincadeira também será realizada em breve no Colégio Antônio Alves Ramos/Palotti. A ideia é ficar dois meses em cada instituição desenvolvendo projetos sobre o ECA. – Antes do jogo, falamos com as crianças e adolescentes e fizemos propostas de atividades, tudo é desenvolvido junto com eles. Em seguida, também serão realizadas atividades artísticas como pinturas e músicas com o resultado dos aprendizados, para ver o que eles assimilaram, que serão expostas para a comunidade – diz Letícia.

Para Bruno Nascimento, 12 anos, estudante da Escola Estadual de Ensino Fundamental Martinho Lutero e que participa há 5 anos de atividades educativas no Centro Social Marista, a atividade foi um momento de diversão e aprendizado:– O jogo é muito bom, nos divertimos muito. É importante porque há crianças que não sabem que têm esses direitos.

Bernardo Abbad, especial

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