![Com R$ 16 milhões liberados, obra de proteção da encosta da Rua Canário pode prever até remoção de casas Com R$ 16 milhões liberados, obra de proteção da encosta da Rua Canário pode prever até remoção de casas](https://suitacdn.cloud-bricks.net/fotos/930661/file/desktop/morro%20cechella%20gabriel.jpg?1714694711)
Foto Gabriel Haesbaert, arquivo pessoal
Estudo técnico vai analisar obras necessários e se será preciso remover casas e realocar famílias
Para Santa Maria, o principal anúncio feito por Lula e ministros foi a liberação antecipada de R$ 16 milhões para obras de reforço da encosta do Morro do Cechella, na Rua Canário. No local, um deslizamento na terça atingiu duas casas e matou duas mulheres soterradas. Segundo Pozzobom, o pedido havia sido protocolado no governo federal em 13 de novembro de 2023, no Programa de Prevenção a Desastres Naturais – Contenção de Encostas, do governo federal.
– Vamos fazer avaliação e contratar empresa para fazer levantamento técnico da área da Rua Canário, onde há 90 famílias. Vamos ter de avaliar o que a chuva provocou de danos. Se tivermos de retirar famílias e casas dali, vamos retirar. Vou fazer o que for preciso para salvar vidas. Protocolamos o pedido em novembro, mas não quero culpar o Lula, em hipótese alguma. Mas foi positivo ele vir e escutar da minha boca que não podemos mais ter burocracia, como no Vale do Taquari, onde as pessoas esperaram oito meses para ganhar uma casa – disse Pozzobom, citando que, quando possível, será feita análise da Bilibio e da Churupa, onde também houve deslizamentos.
Secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Wagner Bitencourt disse que há chance de realocar as famílias em outras regiões, mas disse “que é um tanto delicado”, pois os moradores não querem deixar as casas. Ele afirmou que foi procurado por habitantes do local para regularizar as residências, mas se trata de área de risco e o poder público não pode atender ao pedido. Chegou a sugerir às famílias que, para segurança delas, o melhor seria realocá-las em loteamentos na Lorenzi, Cipriano ou Brenner.
– Por isso, nunca foi motivado um processo de regularização fundiária na Canário – frisou.
Segundo ele, os moradores reivindicam melhorias na ruas e no abastecimento de água, mas se recusam a deixar o local.
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