"O tempo é vida. Dependendo do caso, a espera no congestionamento pode significar um óbito", diz secretária de Saúde de Itaara sobre "pare e siga" na BR-158

Foto: Vinicius Becker

A demora provocada pelo sistema “pare e siga” nas obras da BR-158, entre Itaara e Santa Maria, tem gerado transtornos que ultrapassam a rotina dos motoristas. Para a Secretaria de Saúde de Itaara, a situação já causa prejuízos diretos aos atendimentos médicos do município.

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Segundo a secretária de Saúde, Iarema Barros, pacientes em tratamento de câncer, hemodiálise, idosos, crianças com autismo e até médicos que se deslocam diariamente para trabalhar ficam retidos por longos períodos no congestionamento.

— Essa pauta tem atingido uma grande parcela da população, não só de Itaara, mas também de Santa Maria e de outros municípios que precisam passar pelo trecho. Não há programação definida do Dnit sobre horários de liberação. Cada dia, é uma surpresa, e o tempo de demora está, cada vez maior, prejudicando muito a população — afirmou.


"O tempo é vida"

A secretária relatou ao programa Bom Dia Cidade que a variação no tempo de espera é imprevisível. Em um dos deslocamentos, chegou a ficar 1h40min parada, levando duas horas para percorrer o trajeto entre Itaara e Santa Maria.

— Nós temos pacientes oncológicos que precisam descer para o Husm (Hospital Universitário), pacientes de hemodiálise, muitas crianças com espectro autista e idosos com hipertensão e diabetes. Uma criança com sensibilidade pode surtar dentro do carro, assim como um idoso pode sofrer complicações. É muito difícil, é desumano — destacou.

Além dos pacientes, a situação afeta também a rotina dos profissionais da saúde. A secretária contou que uma médica plantonista já chegou atrasada ao posto por estar presa no congestionamento, o que atrasou o início dos atendimentos.

Atualmente, os veículos da saúde de Itaara fazem diversas viagens diárias para Santa Maria e outras cidades, como Porto Alegre, São Sepé e Faxinal do Soturno. No entanto, mesmo saindo cada vez mais cedo, muitas vezes, os pacientes chegam atrasados às consultas ou no limite do horário.

Para Iarema, a principal falha é a ausência de informações por parte do Dnit:

— Se houvesse uma programação definida, como liberação a cada 30 minutos, conseguiríamos nos organizar melhor. Mas não existe nada disso. O Dnit não se manifesta, não atende às ligações, e a população é quem sofre.

A secretária alerta para o risco em casos de urgência e emergência. Sem pronto-atendimento em Itaara, os pacientes são estabilizados nas unidades e depois encaminhados para hospitais de referência em Santa Maria.

— O tempo é vida. Dependendo do caso, a espera no congestionamento pode significar um óbito. Isso é inadmissível. A obra é necessária, mas precisa ser organizada.

De acordo com a secretária, a prefeitura de Itaara já encaminhou ofícios ao Dnit pedindo uma resposta oficial, mas ainda não houve retorno. 

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