"Nós estamos largados", reclama morador de Arroio Grande com a queda de cabeceira em ponto da ERS-511

Bibiana Pinheiro, Mateus Rossato

Foto: Mateus Rossato (Diário)

Para chegar ao serviço, o empresário Wanderson Londero Pomnitz, 63 anos, percorre o dobro da distância de carro após uma das cabeceiras de uma ponte na ERS-511, estrada do distrito de Arroio Grande, ser destruída durante as últimas chuvas. Com isso, a ponte foi bloqueada. O transtorno começou em 18 de junho e, desde então, a comunidade que precisa se locomover diariamente, principalmente em direção a Santa Maria, reclama e pede uma resolução. A força das águas em meio às fortes chuvas também levou parte do asfalto em outro trecho da via. 

O Diário esteve no local na manhã desta quinta-feira (26) e conversou com a comunidade. No período, dois moradores atravessaram em sentido à rodovia RSC-287 e, para isso, precisaram passar pelo ponto delicado – no pouco asfalto que ainda se encontra na cabeceira da ponte, ao lado de uma cratera que surgiu na pista. Um deles indicou que passou a caminhar diariamente cerca de 5km, da ponte até seu trabalho. Outro utiliza a bicicleta e, com ela, faz 20km devido à impossibilidade de passar pelo ponto com veículos. 

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Para vencer sua rotina, que inclui levar o filho na escola no Bairro Camobi,​ Pomnitz precisa sair de casa mais cedo desde a ponte bloqueada. Ele sinaliza que o novo caminho inclui a VRS-804, passando por Silveira Martins, até que chegue na BR-287. Nesse trecho, ele também precisa passar pela ponte de ferro instalada pelo Exército próximo a Base Aérea de Santa Maria. Além da quilometragem maior, de 7,5 km para 16km, o transtorno no trânsito também cresceu, descreve:

–  Eram 7,5 km até o Bairro Camobi. Agora, eu faço 16 km. Ontem mesmo (quarta, 25), na volta para casa, fiquei no congestionamento das pontes do Exército, pois estavam fazendo alguma manutenção. Já fiquei mais uns 15 min parado, sem considerar a condição péssima da rodovia naquele trecho. Não tem sentido a gente pagar os impostos como se paga e não ter retorno. Percebemos claramente que nas enchentes do ano passado, as medidas na ERS foram tomadas em quatro dias, pois era a única via viável, já que a ponte da RSC-287 caiu. Como agora não teve problema na via estadual, nós estamos largados. Esqueceram de nós.   

Início dos trabalhos

Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável pelas vias estaduais, ainda precisa ser feita a avaliação dos pontos. Essa etapa deve iniciar nesta sexta-feira (27). Após isso, serão levantadas as medidas necessárias. 

O Daer reforça que, por enquanto, não há previsão para a liberação da ERS-511 – até que se inicie os serviços.

Interditada 

A ponte sobre o Arroio Grande, na ERS-511, está interditada desde a manhã do dia 18, quando um microônibus ficou com a roda presa no momento em que a cabeceira da ponte caiu.

Reveja o vídeo


Todos os bloqueios

Além da ponte citada, outras também estão com bloqueio no mesmo distrito e em outros dois:  

  • Ponte dos Fernandes, distrito de Arroio Grande (ponte destruída)
  • Ponte dos Bonas, distrito de Arroio Grande (interditada). Até a Ponte do Scremim não há condições de trafegabilidade
  • Ponte do Scremin, Arroio Grande (ponte destruída)
  • Ponte da Invernadinha, distrito Arroio Grande (ponte destruída), acesso pela estrada de Três Barras
  • Ponte sobre o Arroio do Meio, ERS-511, distrito Arroio Grande (interditada)
  • Ponte no Corredor dos Borin, distrito de Santo Antão (interditada)
  • Ponte dos Banhados, distrito de Santa Flora


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