quarentena

Grupo de WhatsApp compartilha conteúdos pedagógicos para crianças

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Imagem: Reprodução
O grupo Professoras de Apoio à Educação Especial fornece atividades que auxiliam pais e professores a darem continuidade à educação de crianças com transtornos de aprendizagem

Com o avanço da pandemia da Covid-19 no Brasil, foi criado um grupo de WhatsApp para auxiliar pais e professores de portadores de dislexia (APAD) e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) a darem continuidade à educação dos filhos, neste período de isolamento social, indicando atividades lúdicas e diversificadas, não deixando o reforço escolar de lado, mesmo em casa.

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O grupo, intitulado "Professoras de Apoio à Educação Especial", é aberto ao público e pode ser acessado através deste link.

A criadora é a santa-mariense Marisur Rocha Konig, que luta pelos direitos dos portadores destes distúrbios de aprendizagem, na cidade e Estado, desde 2013. Zuca Rocha, como é conhecida, é mãe de Filipe Ricki Konig, 18 anos, que é portador de dislexia.

- Com a quarentena, muitas mães vieram até mim, pelas redes sociais, pedindo dicas de exercícios para os filhos. Alguns deles, estão recebendo, também, tarefas da escola. Alguns, nem isto, principalmente no caso de alunos com deficiências, os quais precisam de materiais específicos - relata a dona de casa.

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A sugestão para criar este espaço veio da professora de apoio Keily Rubiene, de Goiás, que entrou em contato com Zuca, primeiramente, porque precisava de ajuda com alguns conteúdos sobre inclusão escolar.

- A Keily sugeriu criarmos um grupo para professores, já que a maioria dos que têm alunos com comorbidades, ou seja, distúrbios causados por outras doenças, não têm formação para isto. Uni estas duas necessidades, a de atender pais e professores - fala Zuca.

Hoje, o grupo criado há cerca de dez dias já conta com 115 participantes de diversos Estados do país, entre professoras de educação especial, pedagogas, psicopedagogas, mães e interessados pelo assunto.

Nele, são compartilhados atividades pedagógicas online e para imprimir, sites, vídeos, dicas de brincadeiras e materiais relativos ao processo de educação e inclusão escolar.

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- Algumas professoras de alunos com comorbidades utilizam das ferramentas ali obtidas para envio das tarefas online a serem realizadas por eles, em casa - comenta Zuca.

APOIO
A dona de casa Cristiane Nascimento de Brito, que mora em São Paulo, é uma das participantes. Ela é mãe de Henrico, 7 anos, que tem autismo.

Conforme Cristiane, ela entrou no grupo em busca de auxílio para auxiliar o filho no aprendizado, principalmente, na área de matemática, na qual ele tem mais dificuldade.

- As ferramentas que recebo estão ajudando muito o Henrico a se desenvolver em várias áreas - conta a dona de casa.

Ela também repassa o material para uma amiga, dando extensão à solidariedade:

- Fiquei impressionada com a disponibilidade de Zuca e dos demais membros do grupo a ajudar o próximo.

QUARENTENA
A pedagoga Simone Rossini Caetano, de Santa Maria, que atua como orientadora educacional e com psicopedagogia salienta que há uma grande troca de saberes entre os participantes do grupo.

As mães solicitam conteúdos que os filhos precisam reforçar e, prontamente, alguém responde, sempre com materiais bem aproveitáveis. Dependendo da necessidade, até se disponibilizam para dar suporte mais específico.

DICAS
Simone destaca que, durante este período em que estão em casa, é importante que os pais desenvolvam atividades educacionais com as crianças. Para os disléxicos, jogos de memória e quebra-cabeça são indicados para o desenvolvimento educacional, conforme a professora:

- É importante reforçar o aprendizado com sílabas, aos poucos, de forma lúdica e sem cobranças.

APLICATIVOS
Outro recurso para ajudar os pequenos são os aplicativos voltados à educação, segundo a pedagoga. Confira alguns apps direcionados a crianças dos anos iniciais do ensino fundamental:

Domlexia

  • Onde? disponível na Google Play e na Apple Store
  • Quanto? Possui as versões gratuita e paga
  • O que? Jogos
  • Para quem? É especialmente voltado para quem tem dislexia, discalculia, disgrafia e TDAH. Indicado para crianças de 6 a 8 anos em fase de alfabetização

EduEdu

  • Onde? disponível na Google Play, apenas para Android
  • Quanto? Gratuito
  • O que? Avaliação de aprendizagem e atividades personalizadas de acordo com as necessidades identificadas (alinhado à Base Nacional Comum Curricular), além de jogos, músicas e textos
  • Para quem? Alunos do Ensino Fundamental I com dificuldades em português

Eye Games, Dyslexia

  • Onde? Disponível na Google Play, para Android e computador
  • Quanto? Gratuito
  • O que? Jogos específicos para cada faixa etária
  • Para quem? Crianças a partir dos 3 anos

*Colaborou: Gabriele Bordin

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