Inovar sem deixar de lado as premissas do cooperativismo

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Congregar os produtores cooperados oferecendo uma oportunidade de comercialização segura da safra e manter o compromisso de desenvolvimento junto à comunidade, transformando o local onde está inserida. Esse é uma das premissas da Cooperativa Tritícola Sepeense (Cotrisel), com mais de 60 anos como braço forte dos produtores da região Centro do Estado.

Criada a partir da união de 25 agricultores que buscam melhores condições para o cultivo de trigo, com o passar do tempo, expandiu sua área de atuação agregando culturas como soja e arroz. Além da diversificação em cultivares, a Cotrisel cresceu em infraestrutura e serviços oferecidos aos associados, sem deixar de lado os princípios do cooperativismo. Hoje, com cerca de 6,5 mil associados e unidades de recebimento e armazenagem em sete municípios, trabalha com volume de arroz de cerca de 4,5 milhões de fardos ao ano e mais de 3 milhões de sacos de soja.

- A Cotrisel representa muito bem os princípios do cooperativismo, procurando estar ao lado dos associados e da comunidade. Trabalhamos para inovar, crescer e propor os melhores negócios aos cooperados. Oferecemos serviços como supermercado, posto de combustíveis, loja de insumos, além do apoio técnico de agrônomos, veterinários e zootecnistas. São 920 postos de trabalho gerados em diferentes comunidades, gerando emprego, renda e contribuindo para arrecadação de impostos - destaca o presidente José Paulo Kraemer Salerno.

Atualmente, a Cotrisel atua junto ao associado no sistema produtivo do arroz com recebimento do grão, limpeza, secagem, armazenagem, beneficiamento e embalagem nas marcas Sepé e Tiarajú. Outros grãos recebidos, como soja e trigo, não são industrializados, sendo secos, limpos, armazenados e vendidos para a indústria. O sorgo e o milho são utilizados na fábrica de rações da cooperativa ou armazenados para uso dos próprios associados.

PARA O FUTURO

Para garantir cada vez mais qualidade aos associados, a Cotrisel investe constantemente na infraestrutura e qualificação dos serviços. O presidente Salerno destaca o aumento da capacidade de armazenagem de soja e de arroz, a remodelação dos engenhos de São Sepé e Restinga Sêca, a melhoria no sistema de empacotamento e, também nos sistemas de tombamento, mecanização, indústria e tecnologia de informação.

- Trabalhamos para crescer e atingir objetivos que são inerentes à agricultura, seja em tecnologia e tratamento de sementes de soja, por exemplo, ou no aumento de expansão de área, de culturas, consolidando ainda mais a cultura do arroz e o nome Arroz Sepé para todo território nacional. Queremos aumentar a participação na cultura de soja e de milho, participando cada vez mais da vida, da agricultura e da pecuária dos nossos associados - revela Salerno.

EVOLUÇÃO TÉCNICA LEVADA AO PRODUTOR

A assistência técnica à lavoura é um dos pontos levados mais a sério pelo departamento técnico da Cotrisel, considerado o principal elo entre produtores e cooperativas.
Quem conhece de perto esse setor e a importância do relacionamento de confiança com o associado é o vice-presidente Sinval Neves Gressler, que esteve no departamento por 40 anos.

- Os técnicos levam inovações aos produtores visando aumentar a produtividade e a rentabilidade da lavoura. É um vínculo muito forte de companheirismo, confiança e fidelização, já que os profissionais técnicos acompanham todas as etapas de produção, desde a programação da lavoura, ciclo e desenvolvimento das culturas até o final - afirma Gressler.

Segundo o vice-presidente, o departamento técnico é responsável por levar o que há de mais moderno no agronegócio até o produtor.

- Tivemos uma evolução muito grande na parte de assistência técnica em quatro décadas, o que ocasionou um aumento da rentabilidade do cultivo de arroz e soja. Eventos importantes foram o sistema de plantio direto associado à soja transgênica. Isso resultou em grande evolução, passando de 1,2 mil quilos por hectares para mais de 3 mil quilos, no caso da soja. A produtividade do arroz partiu de 3,5 mil quilos por hectare para 10 mil quilos. E o produtor tem acesso a tudo isso graças ao trabalho da cooperativa - garante o vice-presidente.

Para o diretor técnico da Cotrisel, Marcelo Sbicigo, a importância do cooperativismo para a agricultura está no compromisso do departamento técnico em levar toda a informação e ajuda possível ao produtor para que ele tenha o máximo de êxito em sua atividade agrícola.

- É uma função realizada respeitando a individualidade do produtor, através de uma relação alicerçada na base do cooperativismo. Ou seja, tem que ser bom para ambos. Sem o produtor não haveria cooperativas, e, com o sistema de cooperativismo, os produtores estão ganhando cada vez mais, batendo recorde de produtividade, o que contribui para alavancar muitas das cidades onde as cooperativas atuam, aumentando a lucratividade, movimentando o comércio, gerando emprego e renda - analisa Sbicigo.

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