Ex-atletas da dupla Gre-Nal são punidos por envolvimento em esquema de manipulação em partidas de futebol

A 4ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julgou na quinta-feira (02) mais oito jogadores investigados na Operação Penalidade Máxima. Os acusados de participação no esquema de apostas esportivas receberam punições diferentes.

Entre os atletas julgados, alguns já passaram pela dupla Gre-Nal e outros times do Estado. São eles: o ex-zagueiro do Grêmio Paulo Miranda (sem clube), o ex-zagueiro do Inter Eduardo Bauermann (Santos) e o meia do Ypiranga Gabriel Tota. Os outros cinco atletas são Matheus Gomes (sem clube), Igor Cariús, (Sport), Moraes (Aparecidense-GO), Fernando Neto (São Bernardo-SP) e Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino).

Punições

As punições para os atletas vão desde penas mais brandas, como alguns jogos de suspensão até algumas mais rígidas, com o banimento do esporte. Também foram aplicadas multas. Confira a seguir cada pena:

• ​Paulo Miranda (sem clube): 1.000 dias e R$ 70 mil;
• Eduardo Bauermann (Santos): 12 jogos;
• Gabriel Tota (Ypiranga-RS): banimento e R$ 30 mil;
• Matheus Gomes (sem clube): banimento e R$ 10 mil;
• Moraes (Aparecidense-GO): 760 dias e R$ 55 mil;
• Kevin Lomónaco (Bragantino): 380 dias e R$ 25 mil;
• Fernando Neto (São Bernardo-SP): 380 dias e R$ 15 mil;
• Igor Cariús (Sport): absolvido.

Gabriel Tota e Matheus Gomes receberam as punições mais duras com o banimento do futebol e multas. Já o lateral-esquerdo Igor Cariús foi o único absolvido do processo, já que a denúncia contra ele foi rejeitada.

Operação Penalidade Máxima

A operação deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga um esquema que envolve grupos criminosos e jogadores profissionais. Os atletas recebiam altas quantias em dinheiro para manipularem partidas de futebol em todo o Brasil.

As investigações iniciaram no final de 2022, após o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitar uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti em um jogo contra o Sport válido pelo Brasileirão Série B. O Ministério Público começou as investigações e encontrou indícios de fraudes em diversos jogos de campeonatos nacionais e estaduais. Entre os jogadores que foram alvos da operação está o atacante Jarro do Inter-SM, que foi julgado e suspenso do futebol por 720 dias.