Canoagem

Do medo de água à seca na barragem: os obstáculos superados por Luana Taborda para se tornar tri na canoagem

Do medo de água à seca na barragem: os obstáculos superados por Luana Taborda para se tornar tri na canoagem

Nathália Schneider

Luana conquistou três medalhas na Copa do Brasil de Canoagem Velocidade, disputada em Curitiba-PR

Nem toda paixão nasce à primeira vista. Foi assim com Luana Taborda, 14 anos, e a canoagem. O medo de água por não saber nadar e o desconhecimento da modalidade quase foram obstáculos para o surgimento de uma futura campeã. Foi a partir do incentivo da mãe, Claudia Barbosa, que Luana e a irmã mais velha, Eduarda Taborda, se aproximaram do Projeto Remar, uma iniciativa da Associação Santa-Mariense de Esportes Náuticos (Asena), que tem como propósito promover a inclusão social de crianças e adolescentes por meio do esporte náutico. As atividades são realizadas na barragem do DNOS, no Bairro Campestre, em Santa Maria.

– Quando entramos, minha irmã se empolgou desde o começo e eu demorei para pegar o ritmo, achava muito difícil. Foi depois da primeira competição que eu realmente peguei gosto pela canoagem, e me apaixonei – conta a atleta.

Desde então, Luana nunca mais parou. Dedicação aos treinos e força de vontade fizeram ela chegar a um patamar de reconhecimento em campeonatos estaduais e nacionais. A conquista mais recente de Luana veio na última semana, quando conquistou três medalhas naCopa do Brasil de CanoagemVelocidade, disputada em Curitiba (PR). Ela garantiu o ouro na prova de 1.000 metros, além de duas medalhas de prata nos 500m e 200m. Além da preparação física, técnica e psicológica, para chegar lá, a campeã precisou enfrentar outros desafios:

– Ficamos desde dezembro sem treinar por conta da seca que houve na barragem. Voltamos e nos preparamos em duas semanas bem intensas. Eu não estava esperando um resultado tão bom como esse, talvez uma medalha de bronze. Fui na cabeça que eu devia dar o meu melhor e o resultado não importava.

E essa mentalidade não é exclusiva da Luana. No Projeto Remar, os integrantes participam de competições em busca de medalhas, mas o principal objetivo é promover cidadania por meio da prática esportiva.

– Tudo aqui é uma troca recíproca. Eu ensino, mas ao mesmo tempo aprendo muito com eles. Cada aluno que chega aqui tem uma história de vida diferente. É muito gratificante ver que o projeto dá resultados. Estamos sempre renovando os participantes, abrindo as portas para novos alunos – explica a coordenadora do Projeto Remar, Cristina Bittencourt Ribeiro.

Preparação continua

​Passados os momentos de comemoração pelas conquistas, a preparação de Luana segue para a próxima competição: o Campeonato Brasileiro de Canoagem, que será realizado em setembro, em Minas Gerais.

– Estamos treinando muito para chegar lá, dar o nosso melhor e, se possível, trazer mais medalhas para a Asena – conclui a canoísta.

Vagas abertas

​O Projeto Remar está com inscrições abertas. São 10 vagas para meninas e 10 vagas para meninos. Para participar é preciso estar matriculado no ensino público. Após ingressar o estudante tem de manter boas notas para permanecer nas atividades.

O Projeto Remar está com inscrições abertas. São 10 vagas para meninas e 10 vagas para meninosNathália Schneider
  • O que: inscrições para o Projeto Remar
  • Requisitos: estar matriculado em escola pública, ter bom desempenho escolar e não precisa saber nadar
  • Como se inscrever: coordenadora Cristina Bittencourt Ribeiro - 55 9 8437-4376

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Luis Santos

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