Artista santa-mariense Mariri Tavares é premiada pela ONU na Suíça

Artista santa-mariense Mariri Tavares é premiada pela ONU na Suíça

Fotos: Arquivo Pessoal (Reprodução)

A santa-mariense Mariane Tavares, conhecida como Mariri Tavares, 28 anos, levou a arte produzida a partir da reutilização de resíduos para os palcos internacionais. No último dia 24 de novembro, ela foi premiada no Centro de Artes de Genebra, na Suíça, ao participar de uma exposição promovida por um edital da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado à defesa dos Direitos Humanos. Entre mais de 250 inscritos, ela está entre os dois brasileiros selecionados. 


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Artista plástica há nove anos, Mariri desenvolve uma pesquisa sobre crise climática, sustentabilidade e cultura brasileira. Ela cria EcoEsculturas que representam personagens da fauna e da flora nativas, incluindo animais ameaçados de extinção, e também figuras do folclore e de encantarias do território brasileiro. E com essa bagagem e produção recebeu a homenagem. 


– Minha arte é fundada nos Direitos Humanos de ser e existir aqui, com qualidade de vida. Do jeito que estamos vivendo hoje, o futuro é questionável. Meu trabalho fala sobre sustentabilidade, sobre o reaproveitamento dos recursos como medida de solução para um problema social gigante, que é o que chamamos de “lixo” – conta a artista. 

A participação 

Mariri conta que o reconhecimento internacional veio como surpresa. Ela se inscreveu no edital da ONU sem grandes expectativas, mas motivada pela relação direta da sua obra com questões climáticas e ambientais: 

– Fiquei feliz só por ter a chance de ser selecionada. E realmente fui. Representar o Brasil, junto de pessoas do mundo inteiro, que vieram da África, Síria, Palestina, México e vários países da Europa, é muito especial. 


Fotos: Arquivo Pessoal (Reprodução)

As raízes culturais 

Além do debate ambiental, Mariri destaca que suas criações carregam ancestralidade e a luta dos povos indígenas, tema que considera fundamental para o Brasil. Por meio da transformação de resíduos descartados no cotidiano em esculturas, desperta reflexão.

– Trago a história do meu povo como referência e como inspiração. A luta indígena deveria ser a luta de todo brasileiro, e isso está implícito no meu trabalho. Através da arte, encontrei uma forma de comunicar minha visão de mundo, questionar sobre as pegadas que estamos deixando aqui e sobre como nos relacionamos com a nossa casa, que é a Terra. A arte tem o poder de manter essa pauta viva – reforça.


Além da produção artística, Mariri é cofundadora do Ateliê Griô, espaço que une arte e educação para jovens da periferia. Ele fica localizado na Vila Resistência, no Bairro Pinheiro Machado. 


Acompanhe a artista 


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