Nativismo

"Meus Silêncios" vence a 2ª Tropeada da Canção Nativa

Foto: Chaiane Appelt (Divulgação)

O CTG Victório Mário, no distrito de Arroio do Só, em Santa Maria, recebeu neste final de semana a 2ª Tropeada da Canção Nativa. No sábado (06), a milonga Meus silêncios, com letra de Lenir Prates,  sagrou-se campeã do festival. O segundo lugar ficou com De Mate, Sonho e Cantiga, composta por Don Arabi Rodrigues e José Luiz Santos, com música de Evandro Zamberlan e interpretada por Luiza Gomes. E, o terceiro, com Mate Triste, escrita por Rudinei Massaia, com música de Glademir Escobar e interpretada por Su Paz.

O evento, que teve apoio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Santa Maria, alcançou mais de 200 trabalhos inscritos nesta edição, e se consolidou no circuito de festivais nativistas do interior do estado. Ao todo, 12 músicas inéditas foram selecionadas para a mostra competitiva. Ao total, foram distribuídos mais de R$ 10 mil em prêmios.

A canção que levou o primeiro lugar foi um trabalho em família. A compositora, Lenir Prates, é mãe de Taine Schettert, que musicou e interpretou a milonga no palco da festa.

– Quero agradecer essa pessoa tão importante na minha vida, que é minha mãe. Meus silêncios foi nossa primeira parceria – celebrou Taine. Além da mãe, a intérprete também contou com a ajuda do esposo, Jakson Kreuz, que ficou responsável pelo piano.

Meus silêncios, um dueto, rendeu à Taine e Igor Tadielo o prêmio de Melhores Intérpretes. Já Elias Rezende, acordeonista, foi eleito o Melhor Instrumentista.

Para a produtora cultural e idealizadora Iara Druzian, o resultado da Tropeada da Canção Nativa é muito positivo:

– Realizar, novamente, um evento como em Arroio do Só, onde a tradição gaúcha é tão forte, é uma oportunidade incrível. Recebemos inscrições de todos os cantos do Estado. Apesar do tempo chuvoso, a comunidade se fez presente e abraçou o festival – comemora.

Além da mostra competitiva, a programação também contou com exposição de produtos artesanais e cuiaria. À noite, o festival foi animado pela banda Os Fagundes, ícone da música nativista. Neto Fagundes, lembrou a honra que é voltar a Santa Maria, onde a banda participou dos primeiros festivais:

– Voltamos às nossas origens, aqui, no coração do Rio Grande – rememorou.


Os vencedores da 2ª Tropeada da Canção Nativa

·  1º lugar: Meus silêncios(Cruz Alta/Chapecó) - Lenir Prates (letra), Taine Schettert (música e intérprete), Matheus Pimentel (violão 7 cordas), Lucas Ferrera (acordeon), Jakson Kreuz (piano), Edison Macuglia (contrabaixo), Igor Tadielo (intérprete)

·  2º lugar: De mate, sonho e cantiga (Novo Hamburgo/Santa Maria) - Don Arabi Rodrigues e José Luiz Santos (letra), Evandro Zamberlan (música), Elias Rezende (acordeon), Luiza Gomes e Evandro Zamberlan (violão e vocal), Edem Frós (baixo e vocal), Luciano Martins (bateria), Glauber Brito (intérprete)

·  3º lugar: Mate triste (Itaqui) - Rudinei Antonio Massaia (letra), Glademir Escobar (música), Lucas Ferrera (acordeon), Luiz Dallastra (violão), Su Paz (intérprete)

·  Melhor Intérprete: Taine Schettert e Igor Tadielo, por Meus silêncios

·  Melhor Instrumentista: Elias Rezende

·  Música mais Popular: Formiga de Asas - Eduardo Monteiro Marques (letra) e Eri Côrtes (música e interpretação)

·  Música com melhor tema sobre os tropeiros: Pelos rastros dos tropeiros - Igor Silveira (letra) e Cleiber Rocha (música e interpretação)

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