mundo animal

VÍDEO: os perigos de medicar os pets por conta própria

Da redação*

Foto: Fernanda Ramos Fotografias
Luz, 4 anos, precisa de medicação controlada para evitar convulsões

Embora o Ministério da Saúde alerte a população, é comum o hábito de as pessoas tomarem remédios por conta própria. Porém, a automedicação não é recomendada. O uso de remédios sem prescrição médica é perigoso não só para humanos, mas também para animais.

A médica veterinária Luciana Wolle recomenda que, a qualquer sinal de enfermidade, o animal seja encaminhado a um especialista, visto que é necessário calcular a dose exata de qualquer remédio antes de medicá-lo.

REMÉDIOS PARA HUMANOS
Luciana explica que, embora existam várias opções de remédios para humanos que podem ser prescritos para pets, não se deve medicar nenhuma pessoa ou animal por conta própria. Ela diz que a dosagem depende de peso, raça e saber a principal necessidade de medicar.

A médica veterinária Chaiane Medeiros Peres diz que, embora haja remédios comuns a pessoas e pets, é necessário verificar causas, efeitos e sintomas.

- Pode ser que o que mude é a dosagem e o local em que se vende, na farmácia ou no pet shop, mas o princípio ativo pode ser o mesmo. Mesmo assim, a atenção é a mesma quanto aos perigos da automedicação.

No vídeo abaixo, ela fala sobre medicamentos proibidos para animais e os riscos:


TRATAMENTO SEGURO
A cachorrinha Luz, 4 anos, precisa de medicação regular desde os 7 meses de vida devido a crises epilépticas. A tutora Fernanda Ramos, 27 anos, precisou recorrer a uma medicação, geralmente receitada para humanos, para garantir a saúde da pet. Porém, antes do tratamento, Luz passou por exames clínicos.

- Ela deve tomar o remédio duas vezes por dia e em horários certos - conta Fernanda.

Além do remédio para reduzir os episódios de convulsões, o receituário de Luz dá outro medicamento manipulado para que a dosagem do primeiro não seja tão alta. Fernanda afirma que nunca dispensa o acompanhamento de um veterinário para a pet.

A médica veterinária Letícia Adamy prefere prescrever remédios veterinários sempre que possível, mas não descarta os de uso humano. Ela concorda com a colega de profissão sobre o perigo de um efeito adverso que prejudique o pet.

MELHOR CONSULTAR DO QUE REMEDIAR
De acordo com Luciana, é comum que cães e gatos cheguem ao consultório com reações adversas devido a medicações ministradas sem acompanhamento de um profissional em saúde animal:

- Nem sempre é possível reverter o efeito do remédio administrado por conta do tutor. Em algumas ocorrências, é possível apenas amenizar as consequências.

Letícia lembra o diagnóstico feito pelo tutor, somente baseado em sinais, como abatimento ou inapetência, por exemplo, nem sempre é correto. 

- É comum que o tutor dê remédio para dor ou febre por conta. Às vezes, podem pensar que o animal está febril por causa do focinho quente, o que nem sempre é certo - fala Letícia.

Luciana lembra que outro caso comum é medicar os animais para que durmam em viagens. A intenção pode ser apenas a prevenção de enjoos, porém, existem riscos.

- Para o caso de sedativos, há distinção entre medicamentos humanos e veterinários. Sedação de animais sem acompanhamento pode fazer com que o pet fique mal acomodado, principalmente em caixas transportadoras para viagens, o que pode causar lesões. Lamento que algumas empresas de viagens obriguem que os animais sejam transportados sedados - diz Luciana

Seja por tratamento ocasional ou controlado, a medicação do seu animalzinho deve sempre ser prescrita por um médico veterinário. Garantir o bem-estar do pet deve ser prioridade e, diante disso, medicá-los por conta é uma atitude irresponsável.

Para a tutora Fernanda, sem o acompanhamento da médica veterinária, Luz não estaria tão bem quanto está hoje.

- Graças às doutoras que cuidam de Luz, ela conseguiu se adaptar aos remédios e ter uma vida normal - reconhece Fernanda

O ditado popular já orienta o que fazer: é melhor prevenir do que remediar. No caso da saúde dos pets, não negligencie a necessidade de exames de rotina e nem constantes visitas a um especialista. Afinal, o seu melhor amigo deve ficar muito tempo ao lado de você.

*(Colaborou Leonardo Catto)

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