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O que fazer com o corpo do animal de estimação depois de sua morte?

Ilustração: Paulo Chagas (Diário)

Encarar a perda de um animal de estimação é um processo difícil. Além da dor emocional, o tutor precisa dar destinação ao corpo do animal? Como não há um cemitério para pets em Santa Maria, o Diário ouviu especialistas para ajudar os tutores.

O médico veterinário Ederson Luis Holz, da clínica Animania, diz que a melhor alternativa é procurar orientações em uma clínica veterinária. Ele explica que o animal que morre durante um procedimento na clínica em que ele trabalha, por exemplo, pode ficar até 15 dias no local, já que há empresas responsáveis pelo recolhimento e incineração do corpo fazem esse serviço quinzenalmente na empresa.

Na clínica Cia dos Bichos, o procedimento é semelhante. A médica veterinária Carla Vagner comenta que o local conta com um refrigerador para que o tutor tenha tempo de decidir o que fará com o corpo do animal.

NO HOSPITAL 
O diretor do Hospital Veterinário Universitáro de Santa Maria), Daniel Curvello, esclarece que, caso o animal morra na instituição, o tutor tem duas opções: retirar o cadáver do hospital ou deixá-lo para descarte, que fica sob a responsabilidade de uma empresa terceirizada.  

- Geralmente, os tutores decidem deixar o corpo do animalzinho no HVU, que, seguramente, não é utilizado para estudos em sala de aula. Essas pesquisas só são realizadas se aprovadas pelo Comitê de Ética da instituição. É um sistema bem burocrático - explica o diretor.

A pedagoga Marina Jornada, 38 anos, conviveu com o beagle Zulu por mais de 11 anos. Mesmo bem cuidado e cercado de carinho, ele não resistiu a um série de complicações de saúde e faleceu. Triste com a perda, ela contou com orientações de um clínica veterinária para o sepultamento do pet.

- Eu não sabia que existia um cemitério de animais em Restinga Sêca. Apesar da dor da perda, fiquei tranquila em deixá-lo em um lugar apropriado para ele descansar. Infelizmente, muitas pessoas não sabem o que fazer nessa hora e descartam o animal de qualquer maneira, até mesmo no lixo - comenta Marina.

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NA CIDADE
Em Santa Maria, não há um cemitério para pets. De acordo com a prefeitura, a responsabilidade é do tutor. A prefeitura solicita, ainda, que a população não descarte ou enterre os animais perto de recursos hídricos, poços de abastecimento ou em espaços públicos.  

O QUE NÃO FAZER? 
Holz não recomenda que os animais sejam enterrados no pátio de casa, por exemplo, em virtude da preocupação com a preservação do meio ambiente  

- Não se deve enterrar o animal no quintal de casa ou em terrenos baldios. O corpo em decomposição libera bactérias e substâncias tóxicas. O correto é procurar empresas especializadas e optar pela cremação - recomenda Holz.

Em Porto Alegre, a empresa Cremapet é a única que fornece este serviço. O valor é R$ 549, acrescido de taxas variáveis para que uma equipe busque o corpo.  

- Temos duas opções: cremação individual, onde os restos do animal são devolvidos em uma urna com certificado, ou a cremação coletiva, que não tem devolução - explica a gerente da empresa, Adriana Bock Troian.

PROJETO DE LEI 
Em 2017, o vereador Adelar Vargas (PMBD), mais conhecido como Bolinha, propôs a construção de um cemitério para animais em Santa Maria. Segundo ele, a criação do cemitério seria importante para reduzir o impacto ambiental causado pelos restos mortais dos animais, evitando que eles sejam enterrados em qualquer lugar.   

- Com a falta de local adequado para enterrar os bichinhos de estimação, aumenta a quantidade de carcaça de animais que são enterrados em terrenos baldios ou que jogados em lixo comum - explica o vereador.

O projeto ainda necessita de licencia da prefeitura e da Vigilância Sanitária, mas o local e o nome do cemitério já foram escolhidos. De acordo com Ademir Schutz, um dos idealizadores da ideia, o Cemitério Ecológico Jardim da Estimação ficará em Três Barras.

Segundo Schutz, o objetivo do projeto é oferecer um cemitério ecológico, sem riscos de contaminação no solo, para que os tutores possam enterrar seus pets.

- Há cinco anos, luto por esse projeto. A gente precisa ter um lugar certo para dar um destino digno aos nossos bichinhos que se foram - conclui Schutz.

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