Ronie Gabbi

A economia da Cultura

Quando a economia se constrói a partir de um processo criativo é conhecida como Economia Criativa. O termo foi criado para identificar modelos de negócio que se originam das atividades desenvolvidas a partir do conhecimento, da criatividade e ou do capital intelectual das pessoas, com o objetivo de gerar trabalho e renda.

 
Produtos culturais como músicas, livros, filmes, moda, programas de TV, revistas e games se tornaram um dos maiores produtos de exportação dos Estados Unidos entre 1977 e 1996, ultrapassando as indústrias tradicionais, como de automóveis, por exemplo.

Segundo a International Intellectual Property Alliance, a indústria criativa cresceu de forma três vezes mais veloz que a média da economia e continuou o crescimento acima da média em 2016 e 2017. No Brasil, até 2030, segundo a Agência Brasil, a economia criativa será responsável por mais um milhão de novos empregos, aumentando sua participação no PIB para 3,11%.

Dados do governo do Rio Grande do Sul apontam que 130 mil postos de trabalho foram gerados em 2017 no Estado graças à economia criativa. Em Santa Maria, segundo a Secretaria Municipal de Cultura, 42 projetos de cultura registrados em leis de incentivo contrataram mais de 330 fornecedores e captaram R$ 1,4 milhão em 2019.

Esse movimento todo dá uma ideia do potencial da economia criativa. Basta pensar no movimento dos projetos que cito a seguir.


Feira do Livro  

Foram 16 dias de feira, entre 28 de abril e 13 de maio deste ano, 150 lançamentos de livros, uma biblioteca a céu aberto que atingiu 28.090 obras vendidas. Mais de 30 atividades artísticas e literárias envolvendo artistas de diferentes segmentos, escritores e promotores de leitura.

Música

Uma das atividades culturais com grande representatividade em Santa Maria, a música, ganhou um evento entre os dias 5 a 7 de outubro, no Treze de Maio. Mais de 50 músicos subiram no palco do Theatro no primeiro Festival Deborah Rosa, um festival de música autoral competitivo que teve 84 canções inscritas. O objetivo foi oportunizar as manifestações, promovendo a integração entre os artistas, de modo a consolidar Santa Maria como um polo cultural.


Um território criativo  

Aproximar, potencializar os atores de diferentes esferas para atuar coletivamente na geração de valor para o território, garantindo coesão e continuidade nas ações. Essa é a missão do Distrito Criativo, que visa transformar o território do no eixo Centro-Gare num ambiente de convivência entre as pessoas, de vivência das memórias da cidade e de desenvolvimento econômico sustentável.


Celebrando a vida

O feriado comemorativo ao aniversário de 165 anos de Santa Maria, em 17 de maio, foi marcado por muitas atividades. O largo da Gare e a Vila Belga foram ponto de encontro. Com três palcos ocupados por artistas locais, com objetivo de valorização dos artistas locais, os estilos musicais variaram do MPB e samba à tradicional gaúcha. Teatro de rua contou a história do menino Pedrinho.


Vem mais por aí  

A cultura é a área da economia criativa que mais movimenta outras cadeias produtivas. Quando um artista sobe no palco tem por trás diversos serviços e profissionais que são envolvidos, desde a indústria cosmética, a de instrumentos musicais, as costureiras e as lojas de tecidos e aviamentos para figurinos, os profissionais da técnica, entre tantos outros. Santa Maria vídeo e Cinema, Tertúlia Musical Nativista, Romaria Nossa Senhora Medianeira, Santa Maria em Dança, Festival da Trova, Viva o Natal. Investir em cultura impacta na economia e produz desenvolvimento

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