Ewerton Falk

Economia no mundo globalizado (redondo e sem canto) parte 2

No artigo anterior, alertamos para os riscos e para as oportunidades nos mercados ao redor do mundo, falamos de um mundo totalmente integrado sob o prisma econômico, nesta linha de raciocínio, vamos dar sequencia trazendo uma reflexão sobre redes cooperação. Ocorre quando pequenos negócios se unem para enfrentar a lógica do capitalismo e seus desafios, como por exemplo as grandes empresas absorverem as pequenas, tomando conta do mercado, situação que já podemos perceber fortemente em nossa região.

Redes cooperação

São formadas por grupos de empresas de pequeno e médio porte, de um mesmo seguimento, que unem esforços, para aperfeiçoar gestão de marketing, redução de custos, aumento do poder de barganha nas negociações junto a fornecedores, intercâmbio de conhecimento, entre outros, tudo isso com o objetivo principal de melhorar a rentabilidade de cada uma das empresas, garantindo a sua sustentabilidade.


Construção de vantagens competitivas através das redes

As empresas pequenas e médias quando operam sozinhas no mercado estão em desvantagens competitivas, frente aos grandes grupos econômicos, em função da força estrutural das grandes empresas e sua capilaridade o que permite trabalharem com menor margem de contribuição. Com a formação de redes ou união através de arranjos produtivos locais, permite criar ações inovadoras e sustentáveis, através de tecnologia e aperfeiçoamento humano, surgindo novos meios produtivos e organizacionais nas pequenas e médias empresas, tornando-as mais competitivas e podendo enfrentar o avanço dos grandes players do mercado.


Consequência na economia local com o enfraquecimento das pequenas empresas

É sabido por todos que os maiores geradores de empregos no mundo e também no Brasil, são as pequenas e médias empresas. Em razão disso há uma relação negativa entre indicativos econômicos regionais e aumento dos oligopólios varejistas e no setor de serviços, por exemplo, termos de nível de emprego, renda e desenvolvimento econômico e social na região. É comum a ilusão que com a chegada de novos e maiores grupos de negócios em determinada região, haverá crescimento econômico em geral, porém os grandes grupos utilizam-se de tecnologia de ponta e de processos modernos e eficazes, que levam a melhor produtividade e diminuição na quantidade de mão de obra utilizada, o que não acontece na mesma proporção, nas empresas locais, além é claro que nas empresas locais todo resultado positivo alcançado é investido na região de origem.


Conclusão:

Para manter e garantir o fortalecimento econômico e social da região é necessário o fortalecimento das empresas locais e cultivar sempre a cultura empreendedora local, e para isso temos que ter em mente que para termos empreendedorismo e inovação é necessário a existência do tripé: vontade, marco legal e financiamento.

 
Quero destacar o grande avanço que o nosso município deu há poucos dias com a lei Avança Santa Maria, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

Vontade depende do empreendedor e tenho certeza que os nossos empreendedores tem muita vontade, e com esta nova lei, passa a existir um marco legal importante para criação de redes de cooperação, que a institucionalização das APM (arranjos produtivos municipais), que vão permitir e apoiar o surgimento de agrupamento de pequenas e médias empresas unidas para construírem vantagens competitivas, para atuarem neste mercado globalizado e sem fronteiras. Por fim, financiamento, esta nova lei apresenta como oportunidade de incentivos fiscais, desonerando o custo tributário para os pequenos e médios negócios e também a possibilidade de financiamentos com juros menores e suportáveis nos planos de negócios.


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