Frota no Brasil cresceu 4,5 vezes em 28 anos, mas índice de mortes caiu 75%, diz SindiCFC, sobre importância das autoescolas

Frota no Brasil cresceu 4,5 vezes em 28 anos, mas índice de mortes caiu 75%, diz SindiCFC, sobre importância das autoescolas

Foto Arquivo

Durante debate sobre as novas regras que reduzem as aulas obrigatórias para fazer a CNH, o vice-presidente do Sindicato dos CFCs do Estado, Rodimar Dal’Agnol, trouxe dados que são um indicativo de como a formação de motoristas nas autoescolas ajudou a trazer mais segurança no trânsito. É possível que talvez não seja esse o único fator, mas os dados revelam que se o número de mortes nas ruas e estradas seguisse a mesma média de crescimento da frota de veículos desde 1997, quando entrou em vigor o Código Brasileiro de Trânsito e as autoescolas se tornaram obrigatórias para tirar a CNH, hoje o Brasil teria mais de 138 mil óbitos por ano. Atualmente, está na média de 34 mil mortes. Claro que é preciso levar em conta que os veículos se tornaram mais seguros, passando a ter airbags e freios ABS, e o uso do cinto se tornou comum.


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– Na percepção da maioria das pessoas, “isso (Código de Trânsito e formação em CFCs) não mudou nada, não teve alteração nenhuma. As pessoas continuam morrendo no trânsito e a acidentalidade é grande”. Mas trago números para dizer que, nesses 28 anos, eles foram úteis para reduzir os acidentes e a mortalidade. Em 1997, o Brasil tinha 26,5 milhões de veículos. Em 2024, 121 milhões, um aumento da frota de 358%. Tínhamos 30 milhões de condutores em 1997, e fechamos 2024 com 85 milhões (+184%). Em 1997, tínhamos média de 29,9 mil óbitos no trânsito, ou 11,3 mortes a cada 10 mil veículos. Em 2024, comparando a mesma análise, temos 2,5 óbitos a cada 10 mil veículos (-75%). Em números gerais, se nós seguíssemos a estatística da evolução da frota, nós teríamos mais ou menos 138 mil mortos por ano, mas como estamos na casa de 34 mil óbitos, teríamos uma projeção de 100 mil vidas por ano salvas com esse processo de formação nos CFCs – diz.

 
Ele alerta do risco de retirar as aulas teóricas e práticas obrigatórias, que têm conteúdo pedagógico e de orientação aos motoristas. Isso pode fazer crescer o número de mortes.
– Essas medidas, políticas e eleitoreiras, retroagem à condição que tínhamos em 1997.

 
Diante da mudança feita pelo governo federal em dezembro, que retira a obrigatoriedade de aulas teóricas e reduz de 20h para 2h práticas obrigatórias, o Detran gaúcho informou que passará a adotar as novas regras de forma gradual a partir de 5 de janeiro de 2026. Mas há inúmeras dúvidas.

DetranRS quer aplicar regras antigas enquanto sistemas se adaptam às novas leis para obtenção de CNH


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