AVTSM compõe união de associações na busca por justiça às vítimas de grandes tragédias no Brasil

AVTSM compõe união de associações na busca por justiça às vítimas de grandes tragédias no Brasil

Foto: Nathália Schneider (Arquivo/Diário)

Representantes de cinco das maiores tragédias registradas nos últimos anos no Brasil criaram a União das Associações de Familiares de Vítimas de Grandes Tragédias com o objetivo de somar os esforços na busca por justiça. A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) integra a entidade junto a representantes das tragédias de Brumadinho, Mariana, Maceió e do Ninho do Urubu. 

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– Os desdobramentos das tragédias seguintes que ocorreram após a da boate Kiss em 2013 estão tomando o mesmo caminho em relação à impunidade do sistema de justiça que não responsabiliza os criminosos e perpetua que tragédias continuem ocorrendo porque não há o receio da punição. Por isso, nos demos conta de que precisamos nos unir para cobrar respostas e é isso que faremos – afirma Flávio Silva, conselheiro da AVTSM e pai de uma das vítimas do incêndio na boate. 

De acordo com Flávio, a criação da união foi oficializada em março deste ano, mas a ideia já vinha sendo discutida há algum tempo entre os representantes de cada um dos casos.

Primeira ação

O primeiro ato da união das associações foi o envio de um pedido de audiência pública à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para discutir o papel do poder público na responsabilização de empresas de grande porte do Brasil que cometem graves violações de direitos humanos. O pedido foi feito no dia 15 de abril para que a audiência seja realizada no próximo período de sessões em julho de 2024.

A União é composta por representantes das tragédias de:

  • Incêndio da boate Kiss – Tragédia em 27 de janeiro de 2013 na boate Kiss em Santa Maria matou 242 pessoas e deixou 636 feridos. O tribunal do júri do Rio Grande do Sul chegou a condenar 4 pessoas, mas o julgamento foi anulado. No momento, familiares aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal, que pode reverter a anulação ou decidir pela realização de um novo júri.
  • Incêndio no Ninho do Urubu – Incêndio que matou 10 pessoas e deixou outras três feridas no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo, em 08 de fevereiro de 2019. Ainda não houve o julgamento dos responsáveis.
  • Rompimento em Mariana – A barragem da mina do Fundão, da mineradora Samarco, rompeu em 4 de novembro de 2015 e deixou 19 mortos. Até o momento não houve punição das pessoas físicas e jurídicas envolvidas. Depoimentos dos 11 réus começaram a ser colhidos em novembro de 2023.
  • Rompimento em Brumadinho – A barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, operada pela mineradora Vale, rompeu em 25 de janeiro de 2019. A tragédia resultou na morte de 272 pessoas e causou graves danos ao meio ambiente. A Justiça Federal aceitou a denúncia contra 16 pessoas apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais, mas ainda não há data para o julgamento.
  • Afundamento de Maceió – Cerca de 60 mil pessoas precisaram sair de suas casas após o afundamento do solo por conta da extração de sal-gema pela Braskem ao longo de 4 décadas desde 2018. Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal para apurar o caso.


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