Armandinho Ribas

A morte dos sábios

Na ficção, em Harry Potter, Alvo Dumbledore morre. Não é spoiler, pois a obra foi suficientemente vista e revista para sabermos dessa passagem. Assim como é verdade que, a cada vez que recomeçamos a ler ou assistir a série, ele estará lá, vivo novamente, com Harry nos braços, para iniciar sua jornada.

 
Na vida real, faleceu ontem, Sir Michael Gambom, o ator que consagrou o personagem. Assim como partiu também, dias atrás, um sábio de nossa cidade. Notícia que me fez doer o coração, pela lembrança de momentos ternos que teve sua presença.

 
Falo de meu estimado amigo João Milton Kemmerich que, com sua aparência – e sapiência – , me recordava os traços do mais sábio de todos os bruxos da ficção.
Não sei se ele sabia que assim o enxergava, mas hoje deve estar dando boas risadas do que aqui escrevo. Tinha humor para isso e um carinho especial por minha família, que me faz recordá-lo mais com sorrisos, do que com lágrimas.

 
Ainda pude dar-lhe meus livros de presente. E aqui deixo como epitáfio, uma frase célebre do grande Mago da ficção:
“Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte.”

 
Vá em paz, prezado amigo.


Os 120 anos de um velho amigo

No dia 7 de setembro, no longínquo ano de 1903, Dr. Astrogildo Cézar de Azevedo e 40 cidadãos de Santa Maria fundavam o, hoje chamado, Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo. Um fato de relevância histórica, pois foi – e é – este hospital, responsável por muito da garantia em saúde de nossa cidade e também nossa região.

 
O ‘‘Astrogildo’’ é parte da vida de todos, é um hospital que pertence a todos, e foi de relevância absoluta e inconteste para preservar a saúde no passado; como hospital referência que é, no presente; e como espaço de inovações que projeta para seu futuro.

 
Tenho orgulho desse hospital que completa 120 anos. E tenho carinho e muita gratidão pelas vidas que trouxe, de seus braços, para os meus. E tantas outras que ajudou a preservar, para retornar em segurança para o abraço de nossa família.

 
Que tenha vida ainda mais longa e continue sendo, mais do que o maior hospital privado do Rio Grande do Sul, um amigo sempre perto, zelando por todos nós.
Aplausos ao nosso hospital!


A moeda do tempo

Falei sobre a morte e sobre uma longa vida. E, nos dois casos, falo sobre o TEMPO. A moeda mais cara de todas, que desperdiçamos como se fôssemos ricos dela, sem sabermos que, para alguns de nós, a conta corrente já vai de suas últimas economias.


Mas se existe uma maneira de fazermos essa moeda render mais, é investi-la nos melhores momentos. Em especial, com as melhores pessoas: nossos pais, nossos filhos, nossos melhores amigos, nossos amores de verdade. Eles valem gastarmos até o último centavo dessa preciosa riqueza. Por eles, daria até meu último níquel do banco, talvez para reviver momentos irresgatáveis com quem já partiu. Mas isso não é mais possível, pois o infinito não aceita, nem quer meu dinheiro.

 
Assim, queridos leitores, se o momento da partida um dia chegará a todos, não deixemos de viver buscando sermos felizes de verdade. Sabendo que felicidade genuína está naquilo que custa menos, e que é gastar do nosso bom tempo, com as pessoas que mais nos importam em vida.
Nisso, podem esbanjar do seu tempo à vontade. Nunca irão se arrepender


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