Há 30 anos, Senna saía de cena: memória do maior piloto da história do Brasil segue viva nos fãs

Vitor Zuccolo

Há 30 anos, Senna saía de cena: memória do maior piloto da história do Brasil segue viva nos fãs

Foto: Beto Albert

A emoção nas pistas de Fórmula 1 nunca mais foi a mesma e nem os brasileiros tiveram motivo para acordar de madrugada e assistir um gênio das pistas desfilar todo seu talento. Ayrton Senna saiu de cena há 30 anos, que serão completados na próxima quarta-feira. Apesar das três décadas de sua morte, a carência de um piloto e ídolo com sua genialidade mantém vivo e intenso esse saudosismo. O lendário piloto brasileiro que inspirou diversos brasileiros durante toda sua trajetória em vida. Nascido no dia 21 de março de 1960 em São Paulo, Senna começou sua carreira no kart, modalidade de corrida com carros menores, onde rapidamente demonstrou seu talento.


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Seu caminho rumo à Fórmula 1, principal modalidade de corrida mundial, foi meteórico, estreando pela Toleman, em 1984, e posteriormente correndo pelas equipes da Lotus e da McLaren, em que alcançou a maior parte de suas conquistas.


Ao longo da carreira na Fórmula 1, Senna conquistou três campeonatos mundiais, 1988, 1990 e 1991, todos pela McLaren. Diversas performances nas pistas ficaram marcadas, como em 1991, quando venceu a corrida de Interlagos, em São Paulo,  apenas com uma marcha em grande parte da prova. Suas atuações chamavam a atenção de quem assistia suas corridas, fosse pela televisão ou presencialmente.


– Tem uma corrida no Japão, em Suzuka, que foi muito marcante para mim. As corridas na chuva também, e tudo isso era de um tempo em que a tecnologia não era tão evoluída como é hoje em dia, então dependia muito mais do piloto – afirma Mario Ferreira, 49 anos, que é dono de uma loja de automóveis e preserva alguns itens referentes ao piloto, ao relembrar alguns dos feitos do brasileiro.


Foto: Beto Albert


O piloto morreu enquanto corria na pista da cidade de Ímola, na Itália, aos 34 anos. O final de semana da sua morte foi marcado por acidentes durante os treinos. O piloto austríaco Roland Ratzenberger  morreu enquanto ocorriam os treinos, um dia antes do grande prêmio. E, antes disso, Rubens Barrichello sofreu um acidente na curva Tamburello, mesmo local no qual Senna perdeu o controle do seu veículo e batendo contra um muro de proteção.


Eu lembro do momento até hoje. Foi em um domingo, eu estava em uma feira de automóveis e lembro de ter escutado pelos alto-falantes do local a notícia do acidente. Então, eu e outros vendedores conseguimos uma televisão, quando vimos que era verdade, todo mundo começou a voltar para suas casasrecordou ele, sobre a morte de um dos maiores ídolos brasileiros. 

 

A comoção causada pela morte se estendeu para momentos além do dia da corrida. Quando o corpo foi trazido ao Brasil, as manifestações de tristeza pela morte prematura do piloto se prolongaram por semanas. 


– O que ele significava e a forma da morte foram muito fortes. Para mim, ele foi uma figura que houve uma maior comoção nacional, era um simbolo para todos –  acrescentou Ferreira, sobre o piloto brasileiro.


Fora das pistas, Ayrton Senna era conhecido por sua generosidade, caridade e compromisso com causas sociais. Ele usou a visibilidade que tinha como piloto de Fórmula 1 para fazer a diferença, ao criar o Instituto Ayrton Senna, que trabalha para melhorar a qualidade da educação no Brasil, inclusive com Santa Maria sendo um dos polos do programa de letramento do Instituto Ayrton Senna.

Seu legado vive por meio das memórias, homenagens e impacto duradouro que ele teve na vida de tantas pessoas. Entre os milhares de fãs do brasileiro, o santa-mariense demonstra um carinho especial pelo piloto. E a paixão pelo automobilismo está sendo passada para as próximas gerações da família.


– Eu tenho uma menina e um menino, e a gente sempre está lidando com esse tema. Eu tento trazer eles para esse mundo, a minha história se une com a dos carros, então sempre estamos falando sobre o assunto e também sobre o Senna.


Homenagens

Além de fãs como o Ferreira, Santa Maria também reverencia o piloto. No Bairro Divina Providência, existe a Rua Ayrton Senna, em homenagem ao piloto brasileiro.  


Dois dias após sua morte, o jornal A Razão produziu uma nota de agradecimento pelos feitos do piloto brasileiro.


Foto: Jornal A Razão(Arquivo)


Trinta anos após sua morte, Ayrton Senna ainda é reverenciado como um dos maiores pilotos de todos os tempos. Sua influência é notada por meio de outros pilotos, como o Britânico Lewis Hamilton, que, em diversas oportunidades, já demonstrou apreço pelo brasileiro.


Em 2017, Hamilton ganhou da família de Senna um dos capacetes oficiais do piloto, após igualar o brasileiro em número de pole positions, 65. No dia do aniversário de Senna, o piloto britânico postou, em seu instagram, uma homenagem ao brasileiro.



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