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Em 2 meses com toque de recolher, São Sepé registra cinco ocorrências de aglomeração à noite

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Foto: Norton Ávila (Rádio Jornal Integração)
Fiscalização tem priorizado a orientação e não a punição

Pouco mais de dois meses após implantar o toque de recolher entre 21h e 5h, São Sepé registrou apenas cinco ocorrências, por meio de termos circunstanciados. A informação é do prefeito Léo Girardello (Progressistas). Na prática, de acordo com o chefe do executivo, o documento é feito pela Brigada Militar (BM) quando o cidadão não cumpre as orientações do poder público. Nos cinco casos, a ação foi aplicada por conta de aglomerações próximas a estabelecimentos comerciais. 

- Nenhum centavo oriundo de multa é bem-vindo no cofre da prefeitura, por isso, sempre buscamos o diálogo. Os termos são remetidos à justiça, e a 1ª Vara Cível de São Sepé irá acionar as pessoas. Com música, junções, festas, elas comprometem a saúde pública coletiva - explica Girardello.

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Segundo o prefeito, não há previsão de que o toque de recolher seja suspenso. O político diz que não se preocupa com a impopularidade da medida:

- Quando o cara sai na rua, a BM vai interpelá-lo e, em seguida, garantir que ele voltará ao endereço de origem. Em geral, a população tem cumprido a determinação de não ficar na rua nesses horários, mas sempre tem alguns malucos que se negam a se recolher.

TRANQUILIDADE
Depois de 14 dias após decretar toque de recolher entre 23h e 5h, Júlio de Castilhos ainda não registrou nenhuma autuação por descumprimento das medidas, conforme Renato Trevisan, do 3º Esquadrão da Brigada Militar, localizado em Camobi, e responsável pelas operações no município vizinho. Outra cidade que tem o toque de recolher e ainda não teve de autuar ninguém é Restinga Sêca.

O prefeito de Restinga Sêca, Paulo Ricardo Salerno (MDB), pretende manter o toque de recolher, pelo menos, até junho. Ele diz que mesmo com o aumento no número de casos de coronavírus na cidade (14 casos, além de quatro recuperados), a situação está sob controle.

- Não tivemos problema quanto a aglomerações. O pessoal tem seguido as determinações sem maiores problemas. O aumento de número de casos está dentro do esperado, todos os municípios passarão por momentos assim - afirma Salerno.

O tenente Renato Trevisan conta que, em Júlio de Castilhos, o trabalho da BM ocorre, na maior parte das vezes, em estabelecimentos comerciais ou praças, e o efetivo pede para que os cidadãos coloquem máscaras, além de solicitar que as pessoas retornem às suas casas. Entretanto, ele diz que as orientações não são impositivas e que gerar um termo circunstanciado, por exemplo, deve ser uma decisão tomada em casos extremos.

Júlio de Castilhos tem o toque de recolher desde 13 de maio, Restinga Sêca desde 16 de maio e São Sepé desde 23 de março.

*Colaborou Rafael Favero

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