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Trio é condenado por assassinar e tentar ocultar cadáver de produtor rural em Santiago

João Pedro Lamas

A Justiça Estadual condenou por homicídio qualificado, na quarta-feira, três pessoas acusadas de terem assassinado Hélio Garcia do Nascimento em 23 de novembro de 2015 no município de Santiago para roubá-lo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu durante a manhã, na localidade de Monte Alegre, interior do município.

Ricardo Silva da Silva, Vágner Gusmão Ferreira e Marlon Ferreira da Rosa, na época com 33, 20 e 20 anos respectivamente, foram até a propriedade rural de Nascimento, e Ricardo, que trabalhava para ele, disse que tinha ido até o local para visitá-lo. Nascimento recebeu os três.

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Quando se pôs de costas, Nascimento foi atingido na cabeça e teve o rosco coberto, em seguida, por uma embalagem plástica. Ele morreu asfixiado.

No entendimento da Justiça, Ricardo planejou com os outros dois o crime. O objetivo era furtar os animais da propriedade. A dupla receberia R$ 1 mil por isso.

ABIGEATO

Além do assassinato, Ricardo também foi acusado do furto de 57 cabeças de gado e um cavalo. Os bichos foram levados por ele até a localidade de Passo dos Cardosos. Para explicar como tinha adquirido os animais, simulou ter feito a compra da vítima. Ele mesmo pegou o talão de cheques da vítima, fez o preenchimento, e então o procedimento correspondente no seu próprio contrabloco. Finalizou com um canhoto de cheque no valor de R$ 115 mil, total da transação falsa. Ele, inclusive, foi até a inspetoria veterinária, durante a tarde, e providenciou a Guia de Transporte Animal (GTA) das cabeças de gado.

OCULTAÇÃO DE CADÁVER

Ricardo ainda tentou "ocultar e destruir" o cadáver de Nascimento entre o dia do crime e o seguinte.

Ele colocou o corpo em cima de uma caminhonete com destino a Estrada Rincão dos Vargas e pretendia jogá-lo junto do veículo de cima de uma ribanceira que há no local. No entanto, o veículo atolou no caminho. Por conta disso, colocou fogo no veículo, mas as chamas não destruíram o automóvel totalmente.

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Em seguida, a Polícia Civil recebeu denúncia de que havia um veículo na estrada, com sinais de incêndio, e com uma pessoa dentro. No local, os policiais constataram o crime. Os suspeitos ainda estavam por ser identificados. Ele foram presos preventivamente ainda em 2015.

CONDENAÇÃO E PENA

Ricardo Silva da Silva foi condenado a 27 anos, 3 meses e 15 dias de prisão em regime fechado. Vágner Gusmão Ferreira foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado, bem como Marlon Ferreira da Rosa.

A defesa de Vágner e Marlon argumentou que não haveria provas que relacionassem os dois com o crime. Já a defesa de Ricardo tentou diminuir a pena a ser cumprida.

A pena de Ricardo é maior, pois foi o mandante do crime. Os três continuarão a ocupar uma cela no Presídio Estadual de Santiago.

Cabe recurso da decisão.

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