Foto: Fenatrigo (Divulgação)
Presente em alimentos como pães, massas, bolos e biscoitos, o trigo é uma planta de ciclo anual, cultivada durante o inverno e a primavera. A abertura do plantio desse cereal foi a principal atração deste ano da 15ª Feira Nacional do Trigo (Fenatrigo), que contou com a presença do governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior.
A Fenatrigo, que ocorreu entre os dias 15 e 19 de maio, é um dos maiores e mais expressivos eventos do setor agrícola do Rio Grande do Sul e do país. De acordo com a Emater/RS-Ascar, 16 agroindústrias familiares de 14 cidades gaúchas participam no Pavilhão da Agricultura Familiar vendendo produtos lácteos, embutidos, mel, rapaduras, panificados, geleias, melado, destilados de cana-de-açúcar, sucos e frutas cristalizadas.
É a primeira vez que a abertura do plantio ocorre durante a Fenatrigo, reforçando o protagonismo de Cruz Alta no setor. O presidente da feira, Christian Zachow, explica que a opção se deu com intenção de iniciar uma discussão acerca do aumento da área de plantio de trigo no Estado. Em Cruz Alta, essa área, que hoje é de 13 mil hectares, deve crescer 25%.
A Fenatrigo buscou aproximar o produtor e debater a relevância do grão na cadeia produtiva e questões comerciais, valorizando a área técnica no agronegócio de Cruz Alta e também da região.
- Ano passado, tínhamos semeado 12 mil hectares e a estimativa para 2019 é de que semeie a partir de 15 mil hectares. O produtor está valorizando o produto e focando em diminuir o custo com os maquinários, funcionários e colaboradores. Sendo necessário o manejo do solo na lavoura e dentro disso o trigo entra com grande destaque e importância na rotação de culturas - destaca Gustavo Rafael Basso, chefe extensionista rural da Emater de Cruz Alta e técnico agrícola.
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A previsão é que a Fenatrigo deste ano receba mais de 80 mil visitantes. A partir desta edição, a feira ocorrerá a cada dois anos. A próxima será entre os dias 11 e 16 de maio de 2021. No ano de intervalo, ocorrerá uma feira técnica, a FeiratrigoTec, na Universidade Cruz Alta, quando também será feita a colheita do cereal.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de trigo no Brasil, ao lado do Paraná. Em 2018, a Emater-RS estimava que a colheita fosse de 2,1 milhões de toneladas. No entanto, condições climáticas desfavoráveis, como chuva intensa e geadas, fizeram com que a produção estacionasse em 1,87 milhão de toneladas. Para a safra deste ano, a Emater-RS espera que a área de trigo seja mantida, podendo haver, inclusive, expansão.