Foto: Greice Pozzatto
A Diocese de Cruz Alta reuniu mais de 70 pessoas de diferentes setores da sociedade, nesta terça-feira, para discutir maneiras de superar a violência. Durante a manhã e a tarde, no Centro Pastoral, foram realizados debates e exposição de painéis dos diversos tipos de violência, como a familiar, a racial e a carcerária.
Entre os debatedores, estavam professores universitários, representantes do Ministério Público, da Polícia Civil e da prefeitura. O bispo dom Adelar Baruffi destacou o pedido da Campanha da Fraternidade deste ano, que aborda a superação da violência. Ele explanou os diversos tipos de violência e apontou alguns caminhos como uma solução. Para o bispo, não se pode "acostumar com a ideia de que a violência é algo cultural ou que faz parte do ser humano".
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A promotora de Justiça Caroline Mottecy de Oliveira reforçou que a educação é um dos caminhos para superar a violência.
- A primeira forma de se superar a violência é priorizar a educação, trazer mais importância para as questões relacionadas à educação, à valorização dos professores e, também, à questão da segurança pública. São questões fundamentais. Uma não sobrevive sem a outra, e somente com segurança e educação é que vamos poder pensar em superar a violência - declarou.
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Segundo Caroline, o aumento na criminalidade gira em torno de um contexto.
- Temos hoje uma violência endêmica. Não importa a região, esferas ou classes sociais, ela existe de todas as formas - disse.
A promotora acrescentou que a quantidade de crimes é motivada por fatores, como falta de segurança, de educação, o tráfico de drogas, leis brandas, entre outros aspectos.
EXPOSIÇÃO
Durante o seminário, a exposição Nem Tão Doce Lar - Uma Vida Sem Violências foi montada em uma das salas do Centro Pastoral. Trata-se de uma réplica de uma casa que remete à questão da violência doméstica.