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Policial é condenado pela morte de colega durante barreira em Cruz Alta

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Naurio Adão Garcia Viana morreu em agosto de 2017
Foto: Arquivo Pessoal

O 3º sargento da Polícia Rodoviária Estadual de Cruz Alta Senair Brum Barboza foi condenado a um ano, dois meses e 12 dias de prisão pela morte do também policial Naurio Adão Garcia Viana, 46 anos, em 21 de agosto 2017 na ERS-342, em frente ao posto policial de Cruz Alta. 

Conforme a sentença, Barboza foi condenado por homicídio culposo (quando não há intenção) agravado pela "inobservância de regra técnica da profissão". Na sentença, os juízes militares afirmam que o réu é primário e possui bons antecedentes e que ele agiu "com precipitação e com culpa". O militar obteve o benefício do sursis trienal, que suspende a execução da pena, mediante o cumprimento de algumas restrições durante três anos, como comparecer a cada quatro meses na sede da Justiça Militar, comunicar alterações de endereço de residência e não se ausentar do Estado por mais de 30 dias sem autorização prévia da Justiça. 

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Ainda segundo a sentença, o acusado atingiu a vítima pelas costas. Durante o interrogatório judicial, o acusado afirmou que era o único policial da guarnição armado com uma espingarda calibre .12, enquanto os demais portavam pistolas calibre .40.  

Para os juízes, "é inaceitável que o acusado, com mais de duas décadas de serviço na Brigada Militar do Estado, tenha agido descuidadamente, sem tomar as cautelas devidas para disparar arma de grosso calibre, sabidamente capaz de causar extensos danos, e que causou a morte do colega Sgt. Viana." 

O advogado de defesa Rogério Pinto da Costa já recorreu da sentença. Segundo ele, não há provas suficientes que comprovem a autoria dos disparos. 

O CASO
Após serem comunicados de que um homem havia roubado Ford Fusion em Santo Ângelo e se deslocava à ERS-342 em direção à Cruz Alta, os agentes da Polícia Rodoviária Estadual, incluindo a vítima e o réu, montaram uma barreira policial na tentativa de parar o assaltante. 

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No entanto, o homem não obedeceu a ordem de parada e tentou furar o bloqueio. Os policiais seguiram o Ford Fusion por alguns quilômetros, até encontrá-lo capotado. Um grande efetivo, com apoio de batalhões de operações especiais e helicópteros, realizaram buscas contra o acusado, mas não o encontraram. Ele foi preso quase um mês depois, quando realizou outro assalto na cidade de Bozano.

Inicialmente, a polícia acreditava que Viana havia sido baleado pelo assaltante. Porém, a investigação teve uma reviravolta após o laudo apontar que o disparo que atingiu o PM foi feito por algum colega.

Viana era 1º Sargento, natural de Tupanciretã, onde residia, e atualmente servia no Batalhão Rodoviário de Cruz Alta. Ele atuava na Brigada Militar há 26 anos. Era casado e pai de três filhos. 

*Colaborou Janaína Wille

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