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Foto: Ministério Público (Divulgação)
Polícia Civil e Ministério Público de Cruz Alta cumpriram cinco mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira. Os mandados foram cumpridos em três escritórios de advocacia e em duas residências. O MP investiga desvio de verbas públicas por um ex-procurador-geral do município e outros dois advogados. O prejuízo é estimado em mais de R$ 300 mil.
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Conforme o MP, existem indícios de que os suspeitos arquitetaram o pagamento em duplicidade de uma dívida que o município possuía com uma empresa do ramo de construções, para desviar os valores.
Nas buscas, além de documentos, foram apreendidos equipamentos de informática e aparelhos de telefone celular. Ninguém foi preso. A operação foi coordenada pelos promotores José Garibaldi Machado e Tássia Bergmeyer da Silveira, com apoio do delegado de polícia Rafael dos Santos.
OUTROS CRIMES
O MP apura, ainda, outros crimes relacionados à administração pública da cidade, que teriam sido praticados entre 2013 e 2016 pelos mesmos suspeitos e outros investigados. A Promotoria de Justiça Especializada de Cruz Alta já ajuizou três ações civis públicas por atos de improbidade administrativa em relação a alguns desses fatos.
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Em junho deste ano, o ex-prefeito de Cruz Alta Juliano da Silva foi preso em Capão da Canoa. Ele administrou a cidade de 2013 a 2016 pelo PDT, e é acusado pelo Ministério Público de desvio de verba e lavagem de dinheiro no período em que foi prefeito do município. Ainda conforme o MP, o ex-prefeito teria aumentado o seu patrimônio em 229%, um acréscimo considerado incompatível com a renda declarada entre 2012 e 2015. Silva conseguiu um habeas corpus e responde ao processo em liberdade. O Diário não conseguiu contato com a defesa do ex-prefeito.
A prefeitura de Cruz Alta informou que está colaborando com as investigações e aguardando os resultados, mas salienta que a investigação é referente a administração anterior.
*Colaborou Janaína Wille
