saúde da mulher

VÍDEO: exames de mamografia devem ser evitados 30 dias após a vacinação da Covid-19

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira 

Uma das reações comuns à vacina contra a Covid-19 tem sido a linfonodopatia axilar, que são nódulos ou - como são popularmente conhecidos - caroços que se formam próximos aos seios e que podem ser confundidos como sinal de câncer de mama. Para evitar problemas na interpretação da mamografia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) orientam que as mulheres que receberam a dose do imunizante devem aguardar um mês para a realização do exame. A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) notou, nas últimas semanas, aumento na procura por mamografias e nos laudos por causa dos linfonodos no país e por isso emitiu o alerta. 


Os especialistas dizem no documento, que cita dois estudos realizados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, que "dados recentes demonstram que algumas vacinas utilizadas contra a Covid-19 são altamente imunogênicas, causando número significativo de linfonodopatia axilar ipsilateral à vacina. Essa irregularidade pode gerar dificuldades na realização de exame de imagens".

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A criação de nódulos tem sido mais comum com a aplicação da vacina da Moderna, que não é usada no Brasil, e da Pfizer, que ainda possui poucas doses disponíveis no país. O percentual de acometimento é de cerca de 10%. Outras vacinas, como a do sarampo, varíola e da influenza, que buscam uma resposta imunológica robusta, também podem provocar a mesma reação. Isso se explica pelo fato do corpo gerar um processo inflamatório, uma resposta normal do organismo.

Mesmo com a orientação de adiar ou evitar exames pós-imunização, o médico mastologista Flávio Jobim, que atua no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), pede que as mulheres não deixem de fazer a mamografia, principalmente àquelas que possuem agendamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mais difíceis de serem remarcados.

- A orientação não deve ser uma regra para todas. As pacientes que estão com a mamografia em dia, podem esperar, mas para as que estão com atraso e vão precisar aguardar três meses para encerrar o ciclo vacinal e mais os 30 dias recomendados, pode ser tarde demais. A minha preocupação é com a perda de tempo no diagnóstico do câncer. Se tiver a oportunidade de fazer, faça - explica Jobim. 

No exame de radiologia, é possível diferenciar as características dos linfonódulos. No caso do câncer, eles são mais duros e irregulares, com o aspecto "infiltrativo", mas no exame de toque caseiro, pode causar confusão. Jobim explica que no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), onde ele supervisiona a residência médica na área, não aconteceu nenhum caso de criação de nódulos causados pela vacina e que não há motivo para preocupação. A orientação é que as mulheres, na hora de consultar ou fazer o exame, sempre avisem ao médico se já tomaram o imunizante: 

- Eu oriento que na hora de preencher o questionário, a paciente informe se foi vacinada, a data da imunização, o braço em que recebeu a dose e qual vacina foi aplicada. No caso de desconfiança no diagnóstico, a mulher deve ter acompanhamento médico.

CÂNCER DE MAMA
Vários estudos têm confirmado a importância da mamografia na redução da mortalidade pelo câncer de mama. Quando descoberto no início, a doença tem 95% de chance de cura. O rastreamento mamográfico deverá incluir mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos de idade. Se existir um caso na família, como tia, irmã ou mãe, o indicado é realizar o exame todos os anos a partir dos 35 anos de idade, para prevenção da doença. O rastreamento tem duas finalidades: detecção precoce do câncer de mama e redução das cirurgias desnecessárias. É válido lembrar que a vacina não provoca câncer de mama. 


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