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VÍDEO: entre março e outubro, Santa Maria tem queda de 96% internações por Covid

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Os indicadores da Covid seguem a demonstração de melhora da pandemia em Santa Maria. A principal causa é o avanço da vacinação. Outubro terminou com 23 internações por Covid-19. O mesmo dado, no auge da pandemia, em março, chegou a ser de 639.

- Fica uma espécie de resíduo da transmissão do vírus na população. A gente não vai ter 100% da população vacinada, algumas pessoas, infelizmente, se recusam. Teremos ainda circulação do vírus entre pessoas suscetíveis. Essa é a balança que temos que trabalhar. De um lado, as pessoas suscetíveis, do outro, pessoas que estão vacinadas e protegidas. Nesta balança que os indicadores se modificam. O número de pessoas vacinadas completamente vai estacionar, chegar em um limite, que não é toda a população - analisa o médico epidemiologista Marcos Lobato.


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De acordo com Lobato, a informação de vacinação não é disponível no mesmo sistema de internações hospitalar. A procura é manual por nome em um sistema para achar a mesma pessoa no outro. Entretanto, há certa demora na disponibilidade dessa informação por parte do Ministério da Saúde. Ainda assim, a proporção de não vacinados aparenta ser majoritária entre os pacientes internados.

- São os mesmos problemas que as pessoas relatam por não estar aparecendo o certificado de vacinação no ConecteSUS. Mas temos observado, sim, que a proporção parece ser, provisoriamente, mas até o momento é precipitado afirmar isso agora - avalia.

HOSPITALIZAÇÕES
Os casos graves se tornaram exceções. Em setembro e outubro, foram quatro óbitos. Em cinco dias, novembro chegou a dois.

- Casos graves ainda acontecem, pessoa internando, mas o importante é o número de internações que caiu tremendamente. Em agosto, foram 46 casos de internações registrados entre moradores de Santa Maria. Em setembro, foram 22 casos. Em outubro, fecharam até agora 23. Chegamos em um patamar que começa a ter pouco caso. Até 25 no mês é muito menos do que tivemos. Só tivemos menos que isso em março do ano passado, quando o vírus circulava menos que agora - lembra Lobato.

O mais provável é que as pessoas com Covid sigam internando, assim como acontece, em medida menor, com a H1N1. Esse é o caminho para que a doença se torne endêmica. Isso significa que o vírus não desaparece, mas tem dano reduzido. A causa, mais uma vez, é a imunização.

- O tratamento precoce foi usado indiscriminadamente. E não funcionou. Temos flexibilizado as medidas todas. Tem muito mais circulação de pessoas que se tinha entre fevereiro e abril. E tem muito menos casos. Qual é a diferença? Apenas a cobertura vacinal - afirma.

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IMUNIZAÇÃO
As vacinas (exceto uma que é em dose única, mas que tem disponibilidade pequena) precisam de duas doses para a imunidade completa. O corpo humano não dá resposta completa ou provavelmente permanente com apenas uma dose. Quando não há esquema completo, a imunidade pode se perder.

- Todos os estudos têm mostrado que fazer as duas doses garante imunidade mais permanente. Já temos dados que mostram isso no mundo e no Brasil. Quanto mais pessoas com duas doses, menos casos, menos internações, principalmente. Casos até chegamos em nível mais alto, com menor queda, porque ainda tem o vírus circulando bastante, e as vacinas são muito boas para evitar doença grave e óbito. São boas para evitar a infecção, tem que ficar claro. A proposta é evitar internação hospitalar e óbito. A pessoa ter coronavírus como uma doença leve. O propósito do Brasil, nesse momento, não é erradicar o vírus ainda - explica Lobato.

O vacinômetro da prefeitura de Santa Maria aponta que 218.695 pessoas já tomaram a primeira dose. Dessas, 178.898 já completaram o esquema, além de 6.860 com dose única. Assim, 185.758 santa-marienses já tem imunidade completa, o que representa 65% da população.

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