Santa Maria não está mais entre os 100 municípios com maior número de casos de HIV/Aids

Santa Maria não está mais entre os 100 municípios com maior número de casos de HIV/Aids

Foto: Eduardo Ramos (Arquivo Diário)

Nos últimos anos, Santa Maria alternou posições no ranking nacional de casos de HIV/Aids, no qual chegou a ocupar a 10ª posição entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.


Neste ano, não está mais entre os primeiros 100 municípios se tratando deste índice. A atualização é do novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (1). 


Com isso, Santa Maria sai da 60ª posição, que ocupava em 2022. No entanto, o relatório não divulgou qual a colocação atual.  O resultado é positivo e fruto de políticas públicas, conforme a coordenadora da Política HIV/aids/ISTs, Márcia de Lima:


– Isso é um motivo de comemoração, porque desde 2020 nós vínhamos investindo em estratégias bem fortes para conseguir reverter estes números. Em 2022, nós tivemos a ampliação do acesso a profilaxia pré e pós exposição nas Unidades de Saúde. Ainda em 2023, a inauguração do Centro de Apoio e Direitos para Pessoas que Vivem com HIV. 


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Ainda que seja um cenário positivo, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) alerta para a subnotificação de casos e a ausência de testagem. Estas práticas têm implicações para a resposta ao HIV e à Aids. A ação municipal Dezembro Vermelho é justamente uma ação para prevenir e estimular o tratamento precoce do HIV, da Aids e de infecções sexualmente transmissíveis. 


Casos de AIDS notificados em Santa Maria 

Ano da notificação 

Total 

Homens

Mulheres

Menores de 5 anos

Entre 15 e 24 anos

1980-2010

2.800

1.735

1.064

62

399

2020

82

54

28

2

13

2021

78

48

30

-

5

2022 

79

46

33

-

4

2023 

45

29

16

-

7

FONTE: MS/SVSA/DATHI. NOTAS: (1) Dados até 30/06/2023; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.


Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de AIDS notificados

A taxa de detecção mede o risco de ocorrência de casos novos confirmados de Aids na população, segundo ano e local de residência. 

Ano da notificação

Taxa de detecção

2019

31,9

2020

28,9

2021

27,4

2022

29,1

2023

-

FONTE: MS/SVSA/DATHI. NOTAS: (1) Dados até 30/06/2023; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.


Conforme os dados, foram nove casos notificados de crianças expostas ao HIV. Todas as notificações foram feitas em crianças com menos de 7 dias de vida, via Sinan, segundo idade por ano do diagnóstico.

Em relação à raça/cor, neste ano, mais da metade era branco, 66,7%. Em menor parcela, 22,2% era parda e 11,1% preta. 


Veja mais 


Campanha Dezembro Vermelho 

  • Quando – 29/11 a 15/12 
  • Promoção – Política de HIV/Aids, ISTs e Hepatites Virais de Santa Maria

Blitz da Saúde

  • Quando – 15 de dezembro, das 10h às 11h
  • Onde – Na Avenida Medianeira próximo ao Royal Plaza Shopping
  • Serviço – Entrega de folderes e insumos 


Brasil 

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado. 

No panorama nacional, 61,7% dos óbitos foram entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos.


Diferenças 

  • HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da aids, que ataca células específicas do sistema imunológico (os linfócitos T-CD4+), responsáveis por defender o organismo contra doenças 
  • Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a doença causada pelo HIV, que ataca células específicas do sistema imunológico, responsáveis por defender o organismo de doenças


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