Primeiro Ambulatório Trans do interior do Estado completa dois anos de atendimento

Primeiro Ambulatório Trans do interior do Estado completa dois anos de atendimento

Fotos: Divulgação

Recepção do ambulatório do Hospital Casa de Saúde.

O ambulatório transexualizador do Hospital Casa de Saúde completa, nesta quarta-feira (10), dois anos de atendimento para pacientes de 135 cidades gaúchas via Sistema Único de Saúde (SUS). Neste período, foram mais de 1,7 mil consultas nas áreas de psicologia, psiquiatria, clínica geral e endocrinologia, onde as pessoas, que se entendem como trans, buscam entender melhor sua identidade de gênero e a partir disso encontram neste serviço acompanhamento que auxiliará no processo de transição de gênero. Já quem deseja realizar a redesignação de gênero através de cirurgia, segue em acompanhamento por pelo menos um ano e depois é encaminhado para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

— Cada paciente vem em busca de um objetivo, seja ele acompanhamento clínico, hormonal ou psicológico, mas todos eles têm um desejo em comum: o de se encontrar. Aqui, nós trabalhamos em conjunto com os pacientes para que cada dia eles possam se olhar no espelho e se reconhecerem. Usar o gênero e pronome correto e chamar a pessoa pelo seu nome verdadeiro fazem toda a diferença — comenta o médico que atua como clínico geral no Ambulatório, William Scherer.

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Com início dos atendimentos em 10 de janeiro de 2022, o ambulatório reúne profissionais especialmente capacitados para suporte clínico, psiquiátrico, psicológico e de endocrinologia, entre outras especialidades, para pacientes que fazem parte de sete Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS): 4ª CRS (região de Santa Maria), 8ª CRS (região de Cachoeira do Sul), 10ª CRS (região de Alegrete), 12ª CRS (região de Santo Ângelo), 13ª CRS (região de Santa Cruz do Sul), 14ª CRS (região de Santa Rosa) e 17ª CRS (região de Ijuí).

De acordo com o psicólogo do Ambulatório, Thadeu Lucca, além da prestação de um atendimento humano, respeitoso e acolhedor aos pacientes, um dos grandes diferenciais são as constantes capacitações de equipes:

— Poucos estados brasileiros oferecem serviços ambulatoriais com o processo transexualizador. Assim, nosso objetivo é capacitar profissionais da saúde, profissionais da educação e da segurança para atender a população trans com respeito. Ao longo das capacitações e treinamentos que desenvolvemos a partir do matriciamento, é perceptível a falta de preparo dos municípios para acolherem esta população. Por isso, a importância de compartilharmos com as demais instituições protocolos de atendimento e tratamento para a inclusão e diversidade na saúde. Afinal, são as unidades de saúde municipais que encaminham os pacientes ao Ambulatório — explica.

O ambulatório, que é o primeiro do interior do Rio Grande do Sul, tem capacidade para atender até 240 consultas mensais, além de realizar exames laboratoriais. Ele está localizado no mesmo espaço físico do ambulatório de outras especialidades, em prédio anexo ao hospital. O encaminhamento deve ser feito, exclusivamente, por uma unidade de saúde de referência do paciente.

O ambulatório transexualizador do Hospital Casa de Saúde está localizado no mesmo espaço físico do ambulatório de outras especialidades, em prédio anexo ao hospital.

Serviço

  • Público-alvo: pessoas que buscam uma harmonia na corporeidade e no processo de cuidado, optando ou não pela transição de gênero, que residam em um dos municípios de cobertura.
  • Capacidade: 240 consultas mensais via SUS, além de exames laboratoriais.
  • Encaminhamento: interessados devem procurar uma unidade de saúde referência para que o atendimento seja encaminhado pelo Sistema de Regulação.

*com informações da assessoria do Casa de Saúde


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