
Um levantamento sobre saúde e bem-estar da população indicou que pandemia de Covid-19 impactou nos resultados do Rio Grande do Sul e do Brasil monitorados pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 da Organização das Nações Unidas (ONU). Com dados referentes a 2021, o estudo "Vida Saudável e promoção do bem estar: ODS 3 no RS" mostra que a maior parte dos indicadores apresentou piora em relação ao ano de 2020, tanto pelos efeitos do vírus sobre a saúde quanto por mudanças de comportamentos sociais.
Levantamento
Produzida pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), a pesquisa abrange tópicos monitorados pelo Ministério da Saúde como mortalidades materna, neonatal e na infância, doenças transmissíveis e não transmissíveis, acidentes em estradas, acesso a serviços de saúde e uso nocivo de álcool. Destaca-se que ODS 3 - Saúde e Bem-Estar - possui nove metas a serem alcançadas até 2030 e que servem como base para analisar a evolução dos índices.
Confira os resultados:
- Mortalidade neonatal (de zero a 27 dias de vida) – O Rio Grande do Sul registrou índice de 7,2 por cada 1.000 nascidos vivos em 2021. O número representa um leve aumento em relação ao ano anterior (6,7), a menor taxa da série histórica iniciada em 2000, entretanto, ficou abaixo da média nacional de 8,4 mortes por 1.000 nascidos vivos em 2021.
- Mortalidade de crianças menores de 5 anos – O Estado atingiu uma taxa de 11,46 mortes por 1.000 nascidos vivos em 2021, representando um aumento em torno de 16% em relação a 2020 (9,84). Em nível nacional, essa taxa foi de 13,8 no ano de 2021.
- Mortalidade materna – Em 2021, o indicador atingiu 90,8 mortes por 100 mil nascidos vivos no Rio Grande do Sul, e 113,2 no Brasil. A meta estabelecida pela ONU para 2030 é de, no máximo, 30 mortes por 100 mil nascidos vivos.
- Ocorrências de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) – Foram notificados 2.789 novos casos no Estado em 2021. A taxa de detecção aumentou de 22,3 para cada 100 mil habitantes, em 2020, para 24,3, em 2021. No Brasil, esse indicador foi de 16,5 em 2021.
- Tuberculose – Com dados de 2022, o Rio Grande do Sul registrou 4.598 casos de tuberculose, sendo 1.858 em pessoas com idade entre 20 e 39 anos. A taxa no ano chegou a 40,0 por 100 mil habitantes, superando os valores de 2021 (38,2) e de 2020 (37,7) – o menor da série histórica.
- As causas de morte prematura na população adulta (entre 20 a 59 anos) por causas naturais (cardiovasculares, neoplasia, infecciosas, entre outras) – As doenças infecciosas e parasitárias, categoria em que estão incluídos os óbitos por Covid-19, foram as mais frequentes em 2021, com uma taxa de 154,7 para cada 100 mil pessoas. Em seguida, vieram as neoplasias ou tumores (68,0) e as doenças do aparelho circulatório (48,2).
- Óbitos por suicídio – O Estado registrou, em 2021, uma taxa de 13,2 mortes a cada 100 mil habitantes, sendo a mais alta do país. Em 2020, o valor foi de 12,4. Em âmbito nacional, esse indicador chegou a 7,3, em 2021.
Planejamento familiar, informação e educação, além da integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais:
- O Rio Grande do Sul registrou, em 2021, um total de 427 nascidos vivos de mães entre 10 e 14 anos. Esses dados resultam em uma taxa de 1,3 nascidos vivos para cada 1.000 mulheres. No Brasil, esse valor foi de 2,4.
- No caso de adolescentes entre 15 e 19 anos, o número de nascidos vivos foi de 11.515 em 2021, com uma taxa de 31,8 para cada 1.000 pessoas. No país, o indicador para o mesmo ano foi de 45,5.
*com informações do Governo do Estado