Kits de medicamentos e insumos são enviados à população prejudicada pelas chuvas no Rio Grande do Sul

O Ministério da Saúde enviou 10 kits de medicamentos e insumos de assistência farmacêutica para auxílio à população prejudicada pelo ciclone extratropical e pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. O encaminhamento foi feito na quarta-feira (6). Cada kit tem capacidade para assistir 1,5 mil pessoas durante um mês, sendo assim, o carregamento permitirá o atendimento a 15 mil pessoas neste período.

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Também foram encaminhados ao estado dois técnicos do Programa de Vigilância de Desastres (Vigidesastres) do Ministério da Saúde para apoio nas ações de resposta à emergência em saúde pública, a fim de reduzir o risco da exposição da população e dos profissionais de saúde, reduzir doenças e agravos decorrentes delas, bem como os danos à infraestrutura de saúde.

Como se prevenir das principais doenças causadas pelas inundações: 

Tétano acidental 

Um dos grandes riscos e agravos de inundações é o tétano acidental. A melhor forma de prevenção é por meio de vacinação, aplicada em três doses e com reforço a cada cinco ou dez anos. O soro antitetânico, em algumas situações, é indicado para prevenção e tratamento. Para evitar contaminação, proteja mãos, braços, pés e pernas com luvas e botas ao manusear entulhos. A contaminação geralmente acontece por ferimento na pele ou mucosa.

Leptospirose

A transmissão da leptospirose acontece em contato com água ou lama contaminada com a urina de animais infectados, principalmente ratos. No período chuvoso, quando rios, córregos e a rede de esgoto podem transbordar, esse risco aumenta, pois a água invade tocas de ratos e chega contaminada às residências, podendo infectar os seres humanos. Entre as recomendações estão: não nadar, tomar banho, ou beber água doce de fonte que possa estar contaminada pela água da inundação ou urina de animais; cobrir cortes ou arranhões com bandagens a prova d’água, se possível; se precisar ficar na água, utilize botas e luvas para reduzir o contato com a água contaminada; tratar a água antes do consumo, fervendo ou utilizando hipoclorito de sódio; e prevenir infestação de roedores, realizando acondicionamento adequado do lixo e evitando acúmulo de entulhos.

Doenças respiratórias

Doenças respiratórias como meningite, gripe, tuberculose e difteria podem ser transmitidas de uma pessoa para outra, por meio de gotículas de saliva e secreções respiratórias contaminadas durante a tosse ou o espirro. Para que não haja disseminação dessas doenças, que são muito comuns em locais com aglomerado de pessoas, como abrigos e alojamentos, recomenda-se a adoção de medidas de prevenção e controle: uso de máscara, higienização das mãos com água e sabão, uso de álcool em gel, manter os espaços ventilados, manutenção do distanciamento sempre que possível. Em caso de manifestação de sintomas, como por exemplo febre, a recomendação é buscar atendimento de saúde, na unidade mais próxima.

Consumo de água

A água contaminada em situações de desastres pode conter microrganismos causadores de doenças como cólera, diarreia, febre tifoide, hepatite tipo A, leptospirose entre outras. A população de áreas atingidas deve priorizar o consumo de água mineral quando não houver possibilidade de adotar os procedimentos abaixo.

Outros cuidados que devem ser tomados:

  • Filtre a água utilizando filtro doméstico. Caso não seja possível, utilizar coador de papel ou pano limpo.
  • Na impossibilidade de filtrar ou coar, reserve ou coloque a água em um vasilhame limpo e deixe a sujeira decantar (descer até o fundo do vasilhame) até que a água fique transparente. Em seguida, separe com cuidado a água limpa, coloque em outra vasilha limpa e realize a desinfecção com água sanitária (solução de hipoclorito de sódio a 2,5%).
  • Coloque duas gotas de água sanitária para um litro de água para inativação/eliminação de microrganismos que causam doenças.
  • Aguarde 30 minutos para beber a água, tempo necessário para o hipoclorito eliminar os microrganismos presentes na água.
  • Na falta de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), filtre a água utilizando filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo e ferva-a durante 5 minutos. Marque os 5 minutos, após o início da fervura/ebulição.

Caso observe alguma alteração na água da torneira (como odor e/ou coloração diferente do habitual) entre em contato com a empresa de saneamento responsável pela distribuição da água e/ou a secretaria de saúde do seu município.

Cuidado com alimentos

Após uma enchente ou inundação é possível que os alimentos não estejam em condições adequadas para consumo. Alimentos contaminados podem causar diarreias, vômitos, febre e, em casos mais graves, podem levar à morte.

Não devem ser consumidos:

  • Alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (úmido, mofado, murcho).
  • Alimentos como leite, carne, peixe, frango e ovos, crus ou malcozidos, principalmente aqueles que entraram em contato com a água de enchente.
  • Frutas, verduras e legumes estragados ou escurecidos que entraram em contato com a água de enchente.
  • Alimentos cozidos ou refrigerados e que tenham ficado por mais de duas horas fora da geladeira, principalmente carne, frango, peixe e sobras de alimentos.
  • Alimentos com embalagem em plástico (garrafas PET, leite em saco, grãos ensacados) que tiveram contato com água da enchente devem ser descartados, mesmo que não tenham sido abertos.
  • Alimentos com embalagens em latas, plásticos e vidros que apresentem sinais de alteração, como inchaço, esmagamento, vazamento, ferrugem, buracos, tampas estufadas ou outros danos devem ser descartados, mesmo que não tenham sido abertos.

Passos para a limpeza e desinfecção da caixa d’água, em caso de sistemas afetados:

  • Feche o registro e esvazie a caixa d’água, abrindo as torneiras e dando descargas.
  • Quando a caixa estiver quase vazia, feche a saída e utilize a água que restou para a limpeza da caixa e para que a sujeira não desça pelo cano.
  • Esfregue as paredes e o fundo da caixa utilizando panos e escova macia ou esponja. Nunca use sabão, detergente ou outros produtos. Deve-se utilizar luvas e botas de borracha para realização dessa atividade.
  • Retire a água suja que restou da limpeza, usando balde e panos, deixando a caixa totalmente limpa.
  • Deixe entrar água na caixa até encher e acrescente um 1 litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água.
  • Aguarde por duas horas para desinfecção do reservatório.
  • Esvazie a caixa. Essa água servirá para limpeza e desinfecção das canalizações, chão e paredes.
  • Tampe a caixa d’água para que não entrem pequenos animais ou insetos.
  • Anote a data da limpeza do lado de fora da caixa.
  • Finalmente abra a entrada de água.

*com informações do Ministério da Saúde e SES


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